Laerte Gomes faz alerta sobre incêndios criminosos e relata situação gravíssima de produtores rurais afetados

Parlamentar ressalta que nunca presenciou situação parecida em 37 anos como morador de Rondônia

Fonte: Texto: Juliana Martins I Assessoria parlamentar - Publicada em 04 de setembro de 2024 às 19:23

Líder do governo na Alero, deputado Laerte Gomes (Foto: Rafael Oliveira I Secom ALE/RO)

Após 60 dias licenciado para tratamento de saúde, o deputado Laerte Gomes (PSD) retornou ao seu mandato na Assembleia Legislativa nesta terça-feira (3). Em seu pronunciamento na sessão ordinária, o deputado cumprimentou todos os demais parlamentares e agradeceu ao deputado Jesuíno Boabaid, que substituiu Laerte Gomes nos últimos dois meses.

“Jesuíno é um deputado arrojado, trabalhador e que, com certeza contribuiu com o parlamento nesses 60 dias. Também aproveito para agradecer ao deputado Ezequiel Neiva, que nos substituiu na liderança do Governo nesta Casa de Leis. Muito obrigado”, declarou o parlamentar.

Na sequência, Laerte Gomes ressaltou que dará continuidade ao trabalho que já vem fazendo há quase 10 anos como deputado estadual, em seu terceiro mandato. Para iniciar seu pronunciamento, o parlamentar destacou que, desde que chegou em Rondônia, no ano de 1987, nunca presenciou uma situação tão crítica quanto a que o estado enfrenta hoje em decorrência das queimadas.

“Mesmo naquele período de abertura do estado, de muitas derrubadas, queimadas, eu nunca vi uma situação tão alarmante e caótica como estamos vivenciando nos últimos dias, em toda Rondônia”, enfatizou.

Segundo o deputado, diante desse cenário, os produtores rurais são os mais prejudicados. De acordo com o parlamentar, a maioria dos incêndios são criminosos. “Produtores rurais de Alvorada do Oeste acabaram de me ligar, desesperados, com suas propriedades sendo queimadas, currais, cercas, barracões, até animais sendo queimados. Esses dias vivenciamos uma semana de fogo, queimando mais de 15, 20 mil hectares, levando embora o trabalho, o suor e os sonhos dos nossos produtores rurais”, argumentou Laerte.

Por outro lado, o deputado enalteceu o trabalho da Prefeitura de Alvorada do Oeste, do Corpo de Bombeiros e do DER que, segundo ele, juntaram suas estruturas públicas para ajudar durante os incêndios.

“E mesmo assim, não conseguiram conter o fogo que terminou em uma tragédia enorme. E agora pouco, fico sabendo de mais um fogo criminoso na Linha 68, que já está queimando outras propriedades, já atravessando para a Linha 72, em Alvorada do Oeste, próximo ao distrito de Terra Boa. Isso tem que parar. As pessoas precisam ter consciência, trata-se de pequenas propriedades, famílias de pequenos produtores perdendo tudo”, disse o deputado.

Para o parlamentar, uma preocupação em relação às queimadas que atingiram pastagens é referente às futuras ações de órgãos de fiscalização ambiental como Ibama, ICMBio, dentre outros. “Não acredito que seja impossível que em breve, esses produtores venham a ser multados ou responder a processos criminais pelo fogo, quando na realidade, são todos vítimas. É muito importante que todos nós tenhamos muita atenção quanto a essa possibilidade. O Congresso Nacional, nossos representantes da bancada federal, enfim, é preciso ações para descobrirmos os autores desses incêndios, quem deu prejuízo ao meio ambiente e ao ecossistema. O que não pode é penalizar quem foi vítima”, ressaltou o deputado.

Laerte ainda citou a lotação nos hospitais e postos de saúde, onde centenas de idosos, crianças, pessoas com problemas respiratórios, afetadas com a péssima qualidade do ar, buscam por socorro para continuarem a respirar.

“Para finalizar quero agradecer a sensibilidade do presidente Marcelo Cruz por ter pautado matérias muito importantes, inclusive, para buscarmos recursos do Governo Federal para implantarmos programas que nos ajudem a enfrentar esses incêndios criminosos, tanto em áreas públicas como em propriedades particulares. E lembrando a todos, que o momento é de consciência. Também não é momento de colocar fogo em áreas do perímetro urbano, nesta seca, o fogo é incontrolável. Nossa situação é gravíssima”, finalizou Laerte Gomes.