Lúcio em três temas

UNIMED- Seja lá por qual razão, quando converso com pessoas que se dizem prejudicadas pela demora do atendimento, a sensação que observo nos clientes é de desânimo

por Lúcio Albuquerque, Repórter
Publicada em 03 de novembro de 2019 às 17:11
Lúcio em três temas

UNIMED – PAGUE EM DIA E ESPERE MUITOS DIAS

Uma das bases da relação entre   quem compra e quem vende tem duplo pilar. De um lado, a capacidade de atendimento para entregar seu produto, de quem vende. De outro, a capacidade de compra (leia-se: de pagar) por parte do cliente. Isso inclui também a relação cidadão/poder público, onde o consumidor já começa perdendo porque logo ao chegar ao  local em que pretende o atendimento encontra uma ameaça clara: “Desacatar funcionário público no exercício da função ou em razão dela é crime, conforme previsto no art. 331 do Código Pena, gerando de detenção, de seis meses a dois anos, ou multa”.

Um setor que oferece serviços que, pela incapacidade do similar da área pública em dar o atendimento que a lei determina, acaba fazendo com que o cidadão tenha de adquirir um produto mas sem expectativa de atendimento rápido é o de planos de saúde. E se há um segmento da área que precisa melhorar é o da Unimed, onde uma consulta pode levar muito tempo para acontecer (eu mesmo já fiquei esperando mais de três semanas por uma), e se o paciente tiver mesmo urgência aí a coisa emperra. Mas a conta, seja o cliente atendido ou não, chega para pagar no dia convencionado.

Seja lá por qual razão, quando converso com pessoas que se dizem prejudicadas pela demora do atendimento, a sensação que observo nos clientes é de desânimo. Em meu caso, há duas ou três semanas agendei um consulta. Fui no primeiro dia, das 14 até 17 horas quando informaram que a médica não viria, marcando para o dia seguinte e depois de 4 horas sentado, desisti. Reclamar para quem? Agora, aumentar valor do contrato sob desculpas várias, aí disso não esquecem.

ATÉ QUANDO O DESCASO COM O DINHEIRO PÚBLICO?

O que vem acontecendo com aquela avenida no Bairro Nacional é o típico exemplo péssimo de desligamento das obrigações do poder público não só para com os usuários daquele trecho, vital para o tráfego de carretas com cargas embarcadas/desembarcadas no barranco do  Rio Madeira, mas até com a economia do Estado, conforme tenho ouvido de quem entende do assunto.

Um destaque importante e que pode impactar direto na manutenção doestado na condição “azul”, está bem presente com a possibilidade de uma parcela considerável da carga rumo ao Amazonas e daí a seguir, deixar de ser embarcada no Belmonte, indo direto para Humaitá (AM), fazendo com que Rondônia perca uma arrecadação considerável, tudo em função do desrespeito que seguidas administrações vêm mantendo com aquela via.

De saída, a manutenção nas condições constantes de interrompimento de tráfego ali, é uma questão de desrespeito para com as vidas humanas que ali trafegam, residem ou trabalham, haja vista o risco constante de desbarrancamento, de acidentes e de outros prejuízos que uma situação como tal acaba gerando. Interessante no contexto é não só a inoperância gerencial mas, também, a omissão daqueles cuja função básica é fiscalizar a ação administrativa, e como não fazem, então o caso é deixado para lá, como também é a obra de um escola em frente ao prédio da Fhemeron, cujo trabalho inicial está parado há mais de seis anos e que, para ser retomado, vai dispender mais recursos do que já foi aplicado até agora.

CÃES E POMBOS: LIVRES PARA CRESCER E MULTIPLICAR

Não tenho nada contra animais, apesar de me perguntar sempre a razão pela qual a impressão que tenho é de que eles valem mais que uma vida humana. Há alguns anos, minhas filhas eram pequenas, eu tive um mini zoológico em casa, isso há mais de 30 anos. Cães sempre tivemos, mas nunca com direito a irem para a rua nem, e muito menos, fazer como muitos que se dizem “donos” de animais, que pela manhã ou à noite soltam os bichos par eles defecarem ou urinarem nas calçadas dos outros. Se tínhamos um deles a norma era não fazer  nada do que está citado acima. Atualmente é comum observar pessoas que saem com o animal, ainda que ligados por coleira, mas deixam que eles urinem e defequem onde queiram e, acabado o serviço, vão embora, voltando para casa porque eles deixaram seus excrementos na rua, mas em casa não fazem.

Um fato que acontece no bem projetado, e irresponsavelmente abandonado pelo poder público, o Espaço Alternativo, construído para ser área de lazer e cartão postal da capital, agora transformado numa feira bagunçada (qualquer semelhança com a extinta praça Jonathas Pedrosa não é mera coincidência)  onde a fiscalização se resume a policiais passando nas viaturas, como se isso resolvesse o problema - e aqui deixo bem claro que não estou criticando a PM, mas mostrando que a ineficácia da fiscalização do trânsito, a falta de controle sobre uso do local, o que vai desde quem leva seu cão ou gato sem coleira e o solta como se estivessem no jardim de suas casas ou até aos que se apossam de espaço de lazer para vender “de goleiro a ponta esquerda”, mostra o abandono e o desrespeito do poder público para com o dinheiro e a coisa pública.

Mas, volto aos cães. Se não pode eliminar os que perambulam nas ruas, feiras, praças etc, se não pode mais mandar a carrocinha recolhê-los, então por qual motivo o poder público não faz uma campanha de esterilização? Da mesma forma como há uma proliferação de colônias de pombos em pontos os mais diversos da cidade. Isso apesar de, como no caso dos cães vadios, essa pequena e graciosa ave poder gerar várias doenças, todas elas colocando em sério risco à vida humana.

P.S. A foto é da Praça das Águas, em Boa Vista, RR, ligando o aeroporto ao centro da cidade. Só para ver como nosso Espaço Alternativo está bem longe.

 (*) O título é homenagem ao meu amigo Paulo Queiroz, falecido em 2011, e sua coluna “Política em Três Tempos”

([email protected])

Comentários

  • 1
    image
    Lucio Albuquerque 04/11/2019

    Grato por inserir.variss pessoas ligaram comentando. Uma delas me xingando por causa do espaço alternativo.

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