Luizinho Goebel cobra resposta do governo para negociação com trabalhadores da Educação
O parlamentar destacou que a categoria, em todos os municípios do Estado está paralisada.
O deputado Luizinho Goebel (PV), durante seu pronunciamento na sessão da Assembleia Legislativa desta terça-feira (3) reforçou que a Casa de Leis está solidária a causa dos servidores da Educação, em greve desde o último dia 20 de fevereiro.
O parlamentar disse que o Legislativo, em apoio aos trabalhadores, trancou a pauta das sessões enquanto o governo do Estado não apresentar uma proposta à categoria. Segundo Goebel, o Sintero tem buscado uma negociação diariamente, porém, sem respostas por parte do Executivo.
“Hoje nós temos, praticamente, 80% da categoria da Educação paralisada em todos os municípios do Estado”, ressaltou o deputado.
Luizinho Goebel destacou que encaminhou um requerimento ao governo, solicitando informações sobre as razões pelas quais ainda não foi implantado o Plano Estadual de Educação que, segundo o deputado, deveria ter sido implantado gradativamente.
“O plano já foi aprovado, já estamos indo do segundo para o terceiro ano e, até agora, nenhum dos itens foi implantado. E temos cobrado isso do governo do Estado, porque a categoria da Educação precisa ser respeitada, e isso não está acontecendo por parte do Poder Executivo”, afirmou o parlamentar.
De acordo com o deputado, o governo não estaria, sequer, dando qualquer resposta a classe. O parlamentar ressaltou que a categoria deseja apenas uma proposta por parte do governo, para que os trabalhadores possam analisar, discutir e chegar a um acordo.
“A classe, inclusive, já se colocou à disposição para abrir mão de parte das reivindicações, visando chegar a um consenso e voltar às salas de aula. Mas não tem movimentação alguma por parte do Estado”, argumentou Luizinho.
O deputado pediu ao governo que “olhe para a categoria com carinho, porque a população de Rondônia clama por isso”, frisou. Segundo Goebel, alunos, pais de alunos e servidores da Educação “imploram por uma resposta”.
Para o parlamentar, é possível que o governo tenha suas dificuldades e disse reconhecer isso. Porém, enfatizou que o Executivo mantém muitos cargos comissionados ganhando salários exorbitantes.
O deputado disse ter conhecimento de denúncias de que o Estado tem comprado muito material pedagógico, inclusive, alguns desnecessários.
“Também temos a triste notícia de que o governo tem cedido diversos servidores efetivos da Educação para outros setores da máquina pública, e isso também é ilegal. Não sou contra a cedência, mas que ela seja feita com ônus para o órgão de origem do servidor”, sugeriu o deputado.
O parlamentar disse considerar lastimável os servidores da Educação continuarem a viver de migalhas, “que é o que o Estado paga hoje”, acrescentou Goebel. O deputado afirmou que já é chegada a hora de o Estado dar, no mínimo, um posicionamento aos servidores.
“Se nós não conseguirmos dar aumento, fazer uma reposição salarial, que talvez não seja possível, nós devemos, pelo menos, ter a hombridade de garantir que seja dada uma resposta a essa importante categoria”, declarou o parlamentar.
Luizinho Goebel enalteceu a atuação do ex-presidente do Sintero, Manoel Rodrigues da Silva. O deputado ressaltou que Manoelzinho, como é popularmente conhecido, conquistou um feito importante na Assembleia Legislativa, ganhar a confiança, a admiração e o respeito dos parlamentares.
“E isso é algo que nem sempre acontece, quando se trata de sindicato. Você conseguiu abrir o caminho do diálogo, da negociação e, por isso, hoje, esta Casa, com a maioria dos seus pares, está comprometida com a categoria da Educação”, concluiu Luizinho Goebel.
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