Luto Parental : Jair Montes destaca a necessidade de apoio a mães e pais que perderam filhos
Parlamentar recebeu pedido de alteração em lei para garantir direitos
O deputado estadual Jair Montes (Avante) se reuniu hoje (8) com a psicóloga Elizete Gonçalves e a advogada Tainá Amorim, envolvidas numa causa muito importante e pouco falada que é a humanização do luto materno e parental nos hospitais públicos e privados. Da conversa resultou o encaminhamento de proposta de projeto de lei que garanta acolhimento, humanização e reconhecimento do luto parental seja em qualquer período da gestação.
Montes, que já passou por esse luto ressaltou a importância do tema que precisa de visibilidade e respeito. O parlamentar destacou que uma audiência virtual precisa ser realizada com autoridades de diversas áreas e que vai levar a discussão para o plenário com os outros deputados.
“No estado já existe uma lei que trata da perda gestacional e diante do que me foi exposto nessa reunião e também movido pela perda que tive percebo a importância desse tema ter visibilidade. Uma mãe que perde um filho mesmo que seja uma gestação de poucas semanas ela passa por um luto e isso precisa ser falado e respeitado pela sociedade. ”
A psicóloga Elizete Gonçalves, também representante da ONG “Amada Helena” aborda o tema e evidencia a necessidade da qualificação dos profissionais da área de saúde para o acolhimento de pais e mães enlutados.
“Viemos com o deputado para que ele levante essa mobilização em torno da humanização do luto parental, quando uma mãe e um pai perdem um filho em qualquer idade no período gestacional isso gera uma dor que para a maioria dos pais não cessa. “A gente está pedindo que haja humanização e acolhimento e principalmente que tenha visibilidade esse luto que tem vários momentos não só social e psicológico. Muitas vezes esse pai ou essa mãe não tem direito nem de ter uma certidão de natimorto, isso é desrespeitoso com aquela que gerou, esperou e saiu do hospital sem esse bebê. ”
Já a advogada Tainá Amorim, que também representa o “Coletivo Direito de Nascer” chamou atenção para os casos de abortos espontâneos com fetos que tem menos de 500 gramas.
“ Um ser na barriga já é um agente de direito. Mas nos casos de falecimento intrauterino com fetos de até 500 gramas eles são considerados lixo hospitalar. No mesmo projeto pedimos que a questão da expedição da certidão de natimorto constando o nome escolhido pelos pais, dos pais e dos avós possa ser expedido. Que não seja atrelado apenas ao peso para ser considerado um natimorto por exemplo em caso de abortos espontâneos de fetos com menos de 500g.”
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