Marcos Rogério aponta falta de transparência em inquérito das fake news

O parlamentar destacou que a investigação está completando cinco anos sob o “manto de uma anomalia jurídica"

Fonte: Agência Senado/Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado - Publicada em 20 de março de 2024 às 10:49

Marcos Rogério aponta falta de transparência em inquérito das fake news

O senador Marcos Rogério (PL-RO), em discurso no Plenário nesta terça-feira (19), manifestou preocupação com o "inquérito das fake news", do Supremo Tribunal Federal (STF), que investiga notícias falsas, denunciações caluniosas e ameaças contra a Corte, seus ministros e familiares. O parlamentar destacou que a investigação está completando cinco anos sob o “manto de uma anomalia jurídica”.

Segundo o senador, houve falta de transparência no processo investigativo, e a “opacidade” do inquérito levanta dúvidas sobre a legitimidade de suas conclusões, além de acabar com a confiança pública nas instituições.

— Alguém que se diz vítima é investigador, é acusador, é julgador. A Justiça deve ser cega, mas infelizmente vemos sinais de viés político-ideológico que comprometem a integridade do processo. Todos os envolvidos devem ser tratados de forma justa e igualitária perante a lei, independentemente de sua filiação política, sua filiação partidária ou sua posição social — disse.

Marcos Rogério também expressou preocupações sobre os direitos individuais e a liberdade de expressão e alertou para o perigo de medidas severas comprometerem as liberdades fundamentais em meio ao combate à desinformação e à manipulação. Para o parlamentar, é necessário encontrar um equilíbrio entre a proteção contra a desinformação, a disseminação de informações falsas e a preservação dos direitos democráticos de expressão e opinião.

— É muito grave o que estamos a testemunhar no Brasil. A atual quadra vivida reclama de todos uma tomada de posição. Temos que estar atentos. Não há informações sobre o número total de pessoas investigadas. O inquérito das fake news tramita em sigilo absoluto, de tal forma que nem mesmo os advogados dos investigados tiveram ou têm acesso garantido a esses autos. Isso é lamentável. Isso atenta contra o Estado de direito, o devido processo legal. É um inquérito parcial, interminável, e demonstra a parcialidade da Corte — lamentou.

Marcos Rogério aponta falta de transparência em inquérito das fake news

O parlamentar destacou que a investigação está completando cinco anos sob o “manto de uma anomalia jurídica"

Agência Senado/Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado
Publicada em 20 de março de 2024 às 10:49
Marcos Rogério aponta falta de transparência em inquérito das fake news

O senador Marcos Rogério (PL-RO), em discurso no Plenário nesta terça-feira (19), manifestou preocupação com o "inquérito das fake news", do Supremo Tribunal Federal (STF), que investiga notícias falsas, denunciações caluniosas e ameaças contra a Corte, seus ministros e familiares. O parlamentar destacou que a investigação está completando cinco anos sob o “manto de uma anomalia jurídica”.

Segundo o senador, houve falta de transparência no processo investigativo, e a “opacidade” do inquérito levanta dúvidas sobre a legitimidade de suas conclusões, além de acabar com a confiança pública nas instituições.

— Alguém que se diz vítima é investigador, é acusador, é julgador. A Justiça deve ser cega, mas infelizmente vemos sinais de viés político-ideológico que comprometem a integridade do processo. Todos os envolvidos devem ser tratados de forma justa e igualitária perante a lei, independentemente de sua filiação política, sua filiação partidária ou sua posição social — disse.

Marcos Rogério também expressou preocupações sobre os direitos individuais e a liberdade de expressão e alertou para o perigo de medidas severas comprometerem as liberdades fundamentais em meio ao combate à desinformação e à manipulação. Para o parlamentar, é necessário encontrar um equilíbrio entre a proteção contra a desinformação, a disseminação de informações falsas e a preservação dos direitos democráticos de expressão e opinião.

— É muito grave o que estamos a testemunhar no Brasil. A atual quadra vivida reclama de todos uma tomada de posição. Temos que estar atentos. Não há informações sobre o número total de pessoas investigadas. O inquérito das fake news tramita em sigilo absoluto, de tal forma que nem mesmo os advogados dos investigados tiveram ou têm acesso garantido a esses autos. Isso é lamentável. Isso atenta contra o Estado de direito, o devido processo legal. É um inquérito parcial, interminável, e demonstra a parcialidade da Corte — lamentou.

Comentários

  • 1
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    edgard alves feitosa 21/03/2024

    Salomão: "NÃO HÁ NADA DE NOVO SOB O SOL"; o Ministro Alexandre de Morais, incorporou o "ESPÍRITO" de TORQUEMADA, o Inquisidor Mor da Espanha; instalou o INQUERITO DO FIM DO MUNDO, que há mais de quatro anos está sob SIGILO; houve uma suposta agressão ao Ministro e família, onde pretende ser ASSISTENTE DE ACUSAÇÃO; sentencia TONELADAS de pessoas às "masmorras" da Papuda; mas sintomaticamente políticos de quaisquer matizes que surrupiaram dinheiro público são INOCENTADOS.....

  • 2
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    Amadeus Hastenteufel 21/03/2024

    As críticas expressas pelo senador bolsonarista e direcionadas contra a Justiça, revelam a pequenez cerebral do marquinhos. Mas se formos analisar o histórico ultradireitista do gajo, nada nos surpreende. Culpa dos eleitores cegos que o colocaram numa cadeira do Senado da república.

  • 3
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    Gilson Soares 21/03/2024

    Eu concordo senador. Necessário se faz esclarecer e concluir logo este inquérito e, inclusive frear um certo pastor que insiste em fazê-lo todos os dias nas redes sociais. Instiga o povo contra as instituições, sem o mínimo de cuidado nas palavras propaga desobediência civil, com ilações e notícias de cunho duvidosos eivadas de ódio extremo.

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