Marun apela para que Joesley seja punido por versão mentirosa
“O presidente resistiu todavia os prejuízos para o Brasil foram imensos e materializados na não aprovação da imprescindível modernização da nossa Previdência”, afirma o ministro na nota.
Ex-presidente da CPI da JBS da Câmara dos Deputados, o ministro Carlos Marun (Secretaria de Governo) defendeu hoje (17) em nota que o empresário Joesley Batista, dono da JBS, não permaneça impune.
Segundo Marun, o “vazamento de uma versão mentirosa” de uma gravação “ilegal”, ocorrido há um ano, teve o objetivo de prejudicar o presidente Michel Temer.
“O presidente resistiu todavia os prejuízos para o Brasil foram imensos e materializados na não aprovação da imprescindível modernização da nossa Previdência”, afirma o ministro na nota.
Marun acrescenta que a verdade sobre os fatos ainda não foi devidamente revelada. Ele diz ainda que o governo aprendeu a “navegar na tempestade” e fazer com o que Brasil retomasse o caminho do crescimento.
Em março do ano passado, Joesley Batista gravou conversa que teve com o presidente Temer, no Palácio do Jaburu, e entregou cópias do áudio à Procuradoria-Geral da República (PGR). Com base neste material, firmou um acordo de delação premiada que lhe concedeu perdão judicial de todos os crimes.
Na interpretação da Procuradoria-Geral da República, no encontro com Batista, Temer teria dado aval para comprar o silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha (MDB-RJ), que está preso. O presidente Temer sempre negou a acusação.
Em setembro de 2017, a delação premiada dos donos e executivos da JBS foi rescindida porque a PGR descobriu, no próprio gravador de Joesley, conversas que mostraram a participação do ex-procurador Marcello Miller na defesa da JBS enquanto ainda era vinculado ao Ministério Público Federal (MPF). Os Batista foram presos e Marcelo Miller, alvo de inquérito da Polícia Federal e também de pedido de prisão.
Ontem (16), a Procuradoria da República da 1ª Região (PRR-1) apresentou uma nova denúncia contra Joesley Batista e outros por corrupção ativa, violação de sigilo funcional, embaraço a investigações e lavagem de dinheiro.
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