Mediação tecnológica expande ensino de Libras em Rondônia
Em 2023, a Mediação Tecnológica inova criando uma disciplina eletiva específica de Libras, pois as eletivas fazem parte do Novo Ensino Médio
Os estúdios da Mediação Tecnológica estão localizados em Porto Velho e há outros 18 polos distribuídos no Estado
O Ensino Médio com Mediação Tecnológica, que acontece no âmbito da Secretaria de Estado da Educação – Seduc, além da produção de aulas relacionadas às disciplinas básicas, tem ajudado a expandir o ensino de Libras em Rondônia. As aulas contam com intérpretes de libras, e este ano a Língua Brasileira de Sinais passará a ser disciplina eletiva, para os estudantes do 2° ano do Ensino Médio.
A gerente de Mediação Tecnológica da Seduc, Dani Brasil explica que proporcionar acessibilidade, faz a diferença. ‘‘Isso mostra a valorização do Governo de Rondônia quanto ao ensino de Libras na Rede Estadual de Ensino, pois nós atendemos estudantes surdos e temos intérpretes de libras, esta ação faz a diferença, proporciona acessibilidade. Em 2023, a Mediação Tecnológica inova e cria uma disciplina eletiva específica de Libras, pois as eletivas fazem parte do Novo Ensino Médio, e assim teremos mais pessoas com conhecimentos de libras para se comunicarem com surdos’’, explicou.
Governo de Rondônia contratou produtora para os três estúdios de TV
O Governo de Rondônia investe na Mediação Tecnológica, com aquisição de materiais tecnológicos modernos. Nos últimos quatro anos foram adquiridos 480 notebooks para professores ministrantes e coordenadores; houve a contratação de produtora para os três estúdios de TV; e ainda a aquisição de 220 computadores de mesa; 200 TV Smart; e 200 antenas receptoras de sinal de satélite.
O governador de Rondônia, Marcos Rocha enfatiza que o investimento feito, tem o objetivo de transformar a vida dos estudantes. ‘‘O Governo de Rondônia está dando condições de verdade para que a educação transforme a vida da população. É muito importante que haja esse investimento em tecnologia, beneficiando todos os nossos estudantes’’, considerou.
A Mediação Tecnológica abrange 6 mil estudantes da Rede Estadual e está presente nos 52 municípios de Rondônia, por meio dos 18 polos, contemplando 318 salas de aulas e desde 2019, tem todas as aulas abertas ao público por meio do canal no YouTube, e desde 2022, foi criado o Podcast MedTecRO, com discussões de temas relevantes à sociedade.
Na segunda-feira (13), os convidados foram o professor surdo de Libras e vice-presidente da Federação Nacional de Educação e Integração dos Surdos – Feneis, Magno Prates, e o professor e intérprete de Libras da Mediação Tecnológica, Victor Kopashi, responsável pela disciplina eletiva de Libras, e foi aluno do professor Magno e teve o primeiro interesse por libras, ainda na infância, por ter uma amiga surda.
Victor Kopashi é professor e intérprete na Mediação Tecnológica, responsável pela eletiva de Libras
‘‘O professor Magno deu excelentes aulas, e ter tido professores surdos na minha formação me enriqueceu muito. Na Mediação Tecnológica, eu já fazia a interpretação para alunos do 1º, 2º e 3º anos, e agora estou muito feliz com a disciplina de Libras. Fiz um levantamento de onde havia alunos surdos, e suas necessidades. A eletiva é para os do 2º ano do Ensino Médio, mas as demais turmas e o público geral podem ter acesso, pois são abertas pelo YouTube. Estou bem animado em poder contribuir para dar visibilidade à Libras’’, considerou.
O professor surdo, Magno Prates ressaltou a importância da expansão do ensino de Libras, que é a segunda língua oficial do Brasil, reconhecida pela Lei Nº 10.436, de 24 de abril de 2002. Magno já nasceu surdo, tem pai e mãe surdos, e 10 primos surdos; foi aprovado em primeiro lugar no concurso para ser professor de Libras na Universidade Federal de Rondônia – Unir, e faz doutorado em Libras.
‘‘Percebo que em Rondônia, o ensino de Libras está avançando, a Mediação Tecnológica se preocupa com os alunos surdos. E isso é importante para fortalecer a política inclusiva. As conquistas dos surdos são recentes, de uma forma geral no Brasil. A formação de professores, por exemplo, é uma realidade muito nova. No Estado, o curso foi criado em 2015. Esses avanços são importantes, pois a educação é direito de todos’’, ressaltou e na ocasião, utilizando a Língua Brasileira de Sinais.
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