Mês da Mulher: Programação encerra na sexta com show musical sobre Chiquinha Gonzaga

Como vem fazendo nos últimos anos, o Tribunal de Justiça de Rondônia, como instituição de promoção e difusão de direitos humanos, fomenta ações que despertem na sociedade a consciência para o respeito com a mulher, combatendo, sobretudo, a violência doméstica - consequência mais drástica do machismo.

Assessoria de Comunicação Institucional
Publicada em 27 de março de 2019 às 16:47

A pianista Llitsia Moreno e a cantora Aldenice Bento homenageiam a musicista, que “abriu alas” para muitas conquistas femininas

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O espetáculo “Ousadia e Paixão, Legado de Chiquinha Gonzaga:” encerra nesta sexta-feira, 29 de março, às 10h30, no auditório do TJRO, a programação do Mês da Mulher no Tribunal de Justiça de Rondônia. O duo Bento & Moreno, formado pela pianista Llitsia Moreno e a cantora Aldenice Bento, oferecem momentos marcantes da vida e obra dessa destacada compositora e maestrina, sendo apresentada no estilo dramático musical, temáticas conflitantes e preconceitos da época.

duomusicalChiquinha Gonzaga, autora da famosa canção “Ó Abre Alas”, foi uma mulher à frente de seu tempo, rompendo com imposições sociais para viver o seu talento e suas crenças, por isso o espetáculo se encaixa na proposta do Judiciário em propor a reflexão sobre a questão de gênero, no mês em que se comemora o Dia Internacional da Mulher (8 de março).

Como vem fazendo nos últimos anos, o Tribunal de Justiça de Rondônia, como instituição de promoção e difusão de direitos humanos, fomenta ações que despertem na sociedade a consciência para o respeito com a mulher, combatendo, sobretudo, a violência doméstica - consequência mais drástica do machismo.

Ao longo do mês, várias atividades marcaram o Mês da Mulher, tais como palestras, roda de conversa, exibições de filmes, caminhada, além de audiências e júris relacionados à violência doméstica, na chamada Semana da Paz em Casa.

O show musical coroa a programação mostrando a trajetória da compositora na intepretação de artistas com reconhecida atuação em Porto Velho. O espetáculo também será apresentado na cidade de Jí-Paraná, na semana seguinte.

 

Aldenice Bento:

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Formada em Letras/Português (Unir) com experiências na dramaturgia e leitura em cena. Aperfeiçoamento na arte do canto vocal, lírico e coral (E.M.M. Jorge Andrade) e (Escola Sol Maior). Apesenta um trabalho de composições musicais de sua autoria.

 

Llitsia Moreno:

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Formada em Piano pela (E.N.A. Havana-Cuba/ C.B.M.Riode Janeiro) Licenciada em Artes e Música (Claretiano /S.P.) Mestra em Educação (Unir). Dedica-se atualmente a pesquisas etno musical nas mais amplas manifestações do fazer artístico.

 

Chiquinha Gonzaga

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Chiquinha Gonzaga (1847-1935) foi uma pianista, maestrina e compositora carioca. Considerada uma das maiores influências da música popular brasileira, era neta de uma escrava liberta e foi a primeira mulher a reger uma orquestra no Brasil.

Sua vida foi marcada pelo sucesso na música, o desafio à sociedade patriarcal do período regencial e à luta abolicionista.

A participação de Chiquinha Gonzaga no cenário artístico brasileiro foi fundamental para a definição da identidade musical do País no início do século XX. Entre as obras mais conhecidas de Chiquinha Gonzaga está a marcha carnavalesca "Ó Abre Alas", composta em 1899.

Nasceu Francisca Edwiges Neves Gonzaga, em 17 de outubro de 1847. Foi educada para os ofícios do lar, ser uma dama da sociedade e aprendeu sozinha a tocar piano.

Foi casada por imposição do pai quando tinha 16 anos com Jacinto Ribeiro do Amaral, um empresário que a maltratava. A união durou dois anos e, aos 18, Chiquinha Gonzaga vai viver com o engenheiro João Batista de Carvalho.

A vida amorosa da pianista foi marcada por escândalos para época, porque divorciou-se também do segundo marido, que a traiu. A família não lhe deu apoio e Chiquinha voltava-se, cada vez mais, para a música, após perder a guarda dos filhos.

A partir de 1877, passou a fazer da música uma profissão, condição ainda inédita para a figura feminina no Brasil. Era considerada desafiadora do padrão da época por declarar-se abolicionista. Chegou a vender partituras para arrecadar recursos que foram destinados à "Confederação Libertadora". Um de seus músicos, José Flauta, era um escravo alforriado, cuja liberdade foi comprada por Chiquinha Gonzaga.

A consagração com a música chega na virada do século, com a marchinha "Ó Abre Alas". A canção foi repetida na passagem do século XIX para o século XX e é mantida no repertório carnavalesco até os dias atuais.

Quando chega aos 52 anos, mais um português marca a vida de Chiquinha. O romance entrou para a coleção de escândalos da vida da artista. João Batista Fernandes Lage tinha 16 anos quando se envolveu com a brasileira. Ele ainda adotou o sobrenome dela e passou a assinar João Batista Gonzaga.

Foi o companheiro que a ajudou na organização da "Sociedade Brasileira de Autores Teatrais". A organização ajudou a proteger os direitos autorais da artista.

Chiquinha Gonzaga morreu no Rio de Janeiro, aos 87 anos, em 28 de fevereiro de 1935. A importância da artista para a música nacional foi reconhecida por lei. A partir de 2012, na data do nascimento da artista, 17 de outubro, passou a ser comemorado o "Dia da Música Popular Brasileira".

Outro reconhecimento: a Medalha Chiquinha Gonzaga. Criada por meio do Projeto de Resolução 14/1999, é conferida a mulheres que militam em prol das causas democráticas, humanitárias, artísticas e culturais no âmbito da União, estados e municípios.

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