O juiz eleitoral Enio Salvador Vaz extinguiu o processo em que o governador Marcos Rocha (União Brasil), candidato à reeleição, busca mudar decisão judicial que o impede de usar a imagem do presidente Jair Bolsonaro em sua propaganda política. Quem entrou com a ação contra Marcos Rocha foi o senador Marcos Rogério (PL), também apoiador do presidente e candidato à sucessão de Rocha.

A atitude de Marcos Rogério rendeu críticas a  ele pelo próprio Bolsonaro, que autorizou a todos os candidatos o uso de seu nome e imagem para fazer propaganda. Segundo Bolsonaro, ao entrar na justiça contra o governador rondoniense, amigo pessoal do presidente, Rogério só estava pensando na eleição dele  mesmo, e não na de Bolsonaro. 

O governador Marcos Rocha impetrou mandado de segurança , com pedido liminar, em face de decisão do Juiz Auxiliar, Aureo Virgilio Queiroz .

Sustenta que o Partido Liberal (PL) propôs  representação contra ele  para que  se abstivesse de veicular peça publicitária, em meio físico ou virtual, que vincule a imagem do candidato Jair Messias Bolsonaro a do governador , sob pena de aplicação de multa, tendo a tutela de urgência sido deferida. 

Afirma que o ato questionado é manifestamente ilegal, capaz de produzir dano irreparável ao candidato.  Aduz que a Representação deveria ter sido proposta pelo Diretório Regional do PL, e não pelo Diretório Nacional, daí por que a mencionada representação carece de legitimidade ativa. E que não há norma proibindo a utilização do nome de Bolsonaro. Além disso, ele próprio - Bolsonaro - autorizou que os candidatos de Rondônia pudessem fazer uso do seu nome, independente de partido. 

O juiz negou seguimento ao pedido e continua a proibição de Marcos Rocha usar o nome e a imagem de Bolsonaro em sua propaganda.