Moro ajudou Bolsonaro a subir; Ciro pode ajudar Lula a ganhar, por Alex Solnik
"Ao contrário do que ocorreu com Moro, Ciro, se desistir, sairá da campanha maior que entrou", avalia o jornalista Alex Solnik
Enquanto foi candidato, Moro reteve boa porcentagem de intenções de votos do eleitorado de direita. Ele tinha 8%, Bolsonaro patinava nos 22%, 23%. Bastou sair do páreo para Bolsonaro saltar para 31%, segundo a pesquisa Ipespe de hoje. Sem querer, Moro, ao desistir, ajudou Bolsonaro a subir. Embora sejam desafetos.
Lula tem 45% na pesquisa. Ciro, 8%. Também são desafetos.
Tal como Bolsonaro e Moro disputam o eleitorado de direita, Lula e Ciro disputam o da esquerda. Com grande vantagem para Lula. Mas ainda insuficiente para cantar vitória em primeiro turno.
Caso Ciro desista, a maioria de seus 8% irão até por gravidade para Lula. E a possibilidade de Lula ganhar no primeiro turno será grande. Enorme.
O ex-aliado de Lula ainda se agarra ao sonho de possíveis acordos com o PSD de Kassab ou com o União Brasil do Luciano Bivar, dois partidos bem maiores que o seu - cada vez mais impossíveis.
Tenho impressão que se ele não conseguir alianças até julho, inteligente como é, vai jogar a toalha. Este será, sem dúvida, o gesto mais importante para a preservação da democracia brasileira. Um segundo turno entre Lula e Bolsonaro poderá incendiar o país.
Ele não precisa se aliar ao PT, nem pedir voto a Lula. Basta desistir. Será uma desistência que fará bem ao país. E também à imagem dele. Não vai ajudar Lula; vai ajudar a impedir a escalada autoritária de Bolsonaro. Vai ajudar a democracia. Vai ajudar o Brasil.
Ciro tem idade para disputar (e ganhar) muitas eleições presidenciais.
Para isso acontecer, a democracia não pode morrer.
Ao contrário do que ocorreu com Moro, Ciro, se desistir, sairá da campanha maior que entrou.
Este artigo não representa a opinião do TUDO RONDÔNIA e é de responsabilidade do colunista.
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Comentários
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