Na 1ª noite da 'Operação Emergência', equipes de fiscalização reforçam medidas de distanciamento social controlado
A nova operação busca priorizar os atendimentos vindos por meio de denúncias relatadas pelos Centros de Operações Integrados da Polícia Militar e Bombeiros, por meio dos números 190, 193 e 197
No Espaço Alternativo, cerca de nove jovens entre 25 e 30 anos foram denunciados por meio da Central Integrada
O Governo de Rondônia, por meio da Secretaria de Estado da Segurança, Defesa e Cidadania (Sesdec), sob a coordenação do Corpo de Bombeiros Militar (CBM), iniciou na noite desta terça-feira (16), em Porto Velho a “Operação Emergência”, visando atender as estratégias descritas no Decreto 25.859, de 06 de março de 2021. A medida tem o objetivo de frear a disseminação do coronavírus e as extensas filas de pacientes a espera nos hospitais e leitos em Unidades de Terapia Intensiva (UTI), neste que tem sido considerado o pior momento da pandemia no Brasil.
De acordo com dados do relatório da primeira noite da “Operação Emergência”, 61 intervenções foram realizadas, por meio das equipes empenhadas em dispersar possíveis aglomerações na capital. Sendo assim, 57 estabelecimentos visitados, e 48 estavam sem funcionamento.
Porém, em diversas ocasiões, as autoridades que fazem parte da Patrulha Covid-19 em parceria como a Polícia Militar (PM), Polícia Civil, Agência Estadual de Vigilância em Saúde (Agevisa), Programa de Orientação e Proteção e Defesa do Consumidor (Procon), e representantes da Prefeitura de Porto Velho (Departamento de Vigilância Sanitária, Secretaria Municipal de Fazenda, Secretaria Municipal de Saúde e Subsecretaria Municipal de Serviços Básicos), precisaram orientar a população a fim de evitar possíveis contágios da doença.
Um estabelecimento na zona Leste, já muito conhecido pelos agentes, recebeu mais uma vez um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO), por desobediência ao decreto. O bar funcionava normalmente, com diversos clientes que se divertiam jogando sinuca e sem máscaras de proteção facial. Um homem chegou a passar mal devido a baixa glicose no organismo e desmaiou ao ser interrogado pelos agentes de fiscalização, sendo atendido pela equipe médica da ambulância da Polícia Rodoviária Federal e foi encaminhado à unidade de saúde.
No Skate Park não houve novidades para os agentes de fiscalização, o local é considerado ponto de encontro de jovens que insistem em aglomerar e desprotegidos de máscaras aproveitaram a noite de terça-feira (16) para se divertirem na pista de skate, colocando em risco suas vidas e também de amigos e familiares. Mas o tumulto aconteceu até a chegada da patrulha que dispersou as dezenas de pessoas ali contidas.
O destaque da noite foi a denúncia anônima recebida pela Central Integrada da PM e Bombeiros, onde uma das equipes se deslocou para atender ao chamado relatando que cerca de nove jovens entre 25 e 30 anos estavam em desacordo com a lei, no Espaço Alternativo de Porto Velho. “Encontramos várias pessoas aglomeradas tomando tereré, conversando aqui. Não tinha nada demais, só que nem a trabalho eles estavam aqui ou seja, não estavam fazendo nada! Mas este não é o momento para se aglomerar, até porque nós temos um decreto e tem que ser respeitado, o horário não é mais permitido, portanto está extrapolado”, explicou o fiscal de postura do município, Moisés Cruz.
A novidade na “Operação Emergência”, é que as denúncias relatadas por meio dos Centros de Operações Integrados da Polícia Militar e Bombeiros, por intermédio dos números 190, 193 e 197, terão prioridade. “Essas denúncias vem para nossas equipes, que atuam nas zonas Norte, Sul, Leste e Central da cidade, onde fazem abordagem para evitar aglomerações e festas clandestinas, bem como comércios funcionando fora do horário determinado pelo decreto”, destaca o comandante do CBM, coronel BM Gilvander Gregório de Lima, que aproveitou para fazer um apelo à sociedade para que denuncie os casos de aglomerações. “Sentimos essa necessidade devido ao grande número de denúncias, que somadas giram em torno de 50 a 60 aglomerações nos finais de semana. Não tenha receio, você denunciando estará fazendo um ato cidadão a favor da vida, quem aglomera está pouco preocupado com a saúde pública, muito menos com o próximo, então a sua ação será uma ação de cidadão”, pede o comandante.
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