Na Coréia, "DURA LEX, SED LEX". No Brasil Lula tem regalias

Há um ditado amazônico de que “pau que bate em zé bate em mané”.

Lúcio Albuquerque, repórter
Publicada em 06 de abril de 2018 às 14:46

Park Geun-hye, a primeira mulher a comandar a Coreia do Sul,  condenada a 24 anos de prisão mais multa pesada. Coincidência que no que se pode chamar de “semana dura” para ex-presidentes, na África do Sul o “ex” entrou na fase de julgamento. No Brasil, Lula, duas vezes presidente, perdeu o HC com todas as cores de protelatório e teve determinada sua prisão.

Pelo visto as coincidências acabam por aí por que, para surpresa de milhões de brasileiros que imaginavam tratamento igualitário a Lula, o juiz Sérgio Moro concedeu ao condenado algumas (digamos) benesses, sob a justificativa do cargo que ele ocupou.

A decisão de Moro, que desde o início da Lava Jato só veio crescendo no respeito que (merece) de parte da população brasileira, jogou um balde de água fria na ideia de que, como diz a Constituição Federal, todos sejam iguais perante a Lei, um conceito que qualquer pessoa com um mínimo de discernimento sabe que já se tornou uma espécie, a mais de “letra morta” na “Constituição Cidadã”.

Além de não ser algemado – e pelo que foi noticiado nem se ele agredir agentes que o prendam os policiais não poderão fazê-lo, também terá uma sala especial no prédio da PF curitibana, pelo visto, a partir do croqui mostrado pelo Jornal Hoje, contando com espaço melhor do que outros presos envolvidos, também, em processos de corrupção.

Há um ditado amazônico de que “pau que bate em zé bate em mané”. Tratar de maneira diferenciada um condenado, alegando que ele tenha ocupado cargo importante – e no país o maior deles é o de presidente da República – deixa o cidadão confuso, desfaz o dito amazônico e faz com que, apesar de tudo, seja aberta uma brecha para ter (mais) dúvidas sobre a aplicação da Justiça no país.

Inté outro dia, se Deus quiser!

SEU BENU

MINHA BARRIGADA, SEM PERDÃO

Direto do Valhalla seu Benu liga na hora do café: “Que barrigada, hein?!”. Pois é, e ele tinha razão. É que no início da noite de quinta-feira mandei para editores de sites um texto sobre a posse do Daniel Pereira no Governo e dei uma barrigada sem tamanho.

É que no texto coloquei lá que o Daniel está fazendo história na política local, ao ser, como mandei ver “o primeiro” vice que assumiria o Executivo devido à renúncia do titular – Confúcio Moura que deve ser candidato ao Senado.  Em realidade ele foi o segundo, porque o vice Cahulla assumiu em 2010 quando Ivo Cassol foi candidato ao Senado.

“Você tá parecendo aquele palestrante que diz que cada dormente representa um homem morto na construção da Madeira-Mamoré”, disse seu Benu lembrando que foram necessários em torno de 350 mil dormentes e que, então, teriam sido perto de 350 mil mortes, a considerar o que o palestrante tem alegado. “Seria uma hecatombe e nenhum historiador sério cita esse número”.

O velho bardo itacoatiarense fez questão de destacar a queixa do editor Luka Ribeiro (gentedeopiniao.com.br) e do jornalista Zé Carlos Sá (blog Banzeiros). “Eles me ligaram ontem à noite mesmo”.

Seu Benu encerrou mandando que eu prestasse mais atenção e lembrando que, como ele disse há muitos anos “quando ainda palmilhava esse vale de lágrimas onde você ainda está”, que não é por eu “ser de casa” que ele iria deixar passar minhas barrigadas.

Só me restou pedir desculpas.

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