Nem Momo veria sentido em colocar escolas de samba na rua nessa época

A prefeitura bem que deveria cancelar de vez essa proposta sem sentido...

Gessi Taborda
Publicada em 21 de março de 2017 às 23:10

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FILOSOFANDO

“Salsichas e política, melhor não saber como são feitas.” WISTON CHURCHILL (1874/1965), foi primeiro ministro Inglês e líder mais importante da resistência da Inglaterra ao nazismo. Churchill, de família aristocrática, foi também jornalista e ganhou o Nobel de Literatura em 1953.

ANOTADO

Ouvido ontem de uma fonte muito próxima ao setor de carnes e laticínios do estado. Fala-se muito sobre supostos esquemas de fraudes na fiscalização de produtos de origem animal no âmbito de órgãos de inspeção de laticínios e frigoríficos no interior rondoniense. Gente nomeada por indicação política para o serviço de inspeção fazem vistas grossas em relação à fabricação de laticínios, num suposto esquema de corrupção que favorece políticos na hora de receber cobertura econômica para a disputa eleitoral.

Até agora não se sabe se essas suspeitas estão sendo investigados no âmbito do MP ou da polícia. Há também suspeitas de pagamentos de propinas para fiscais da área.

ÚNICO

O sistema eleitoral brasileiro –do voto proporcional aberto- em que o eleitor vota em quem desejar e pessoalmente, e onde os votos são agrupados por partido ou coligação e se elegem os mais votados, é único no mundo. E explica o custo das campanhas.

Mas se o financiamento político-eleitoral é efeito do sistema eleitoral, o fundamental será mudar o sistema eleitoral de forma a que a demanda de recursos seja não apenas menor, mas orgânica.

SILENCIADO

É claro que existe uma carência assustadora de intelectuais em Rondônia, mesmo com tantas faculdades no ensino universitário espalhadas por todo o estado. Essa constatação não serve de consolo para o silêncio das “cabeças pensantes” em relação ao enredamento de nosso principal político, Valdir Raupp na lista de Janot, com sua transformação em réu no STF.

Impossível tratar desse assunto revelador da pobreza de “intelecto” em que vivemos com meros sofismas. Nossos nomes mais badalados no segmento da intelectualidade estão tomados pela idiotia, silenciados, seduzidos pelos interesses mesquinhos.

MEDÍOCRE

É essa incompetência e irresponsabilidade de quem deveria pensar e manifestar é a verdadeira responsável por manter na vida pública personagens que optaram por enriquecer dilapidando o erário e monopolizando poder para seus familiares e apaniguados.

Certamente, assim como Vilhena (um feudo da corrupção), Raupp – se conseguir outra vitória em 2018 – também vai ficar agradecido ao eleitorado medíocre.

BIZARRA

Às vezes acho considero uma tortura ouvir alguns políticos locais palrar nas tribunas parlamentares. Tenho evitado ao máximo essa experiência. E isso nem é o pior nos tempos de hoje, afinal me dou conta de que estamos na periferia da política nacional, num estado ainda muito longe de se firmar como um representante respeitável da unidade nacional. Como tudo depreciou nesse Brasil de hoje, aqui também não escapamos.

E nem sempre a gente consegue evitar estas experiências espantosas proporcionadas pelas figuras bizarras do país, como é o caso da ex-presidenta (?) petista.

SEM ESPANTO

O que mais me embatuca e existir, ainda, gente capaz de defender essa escória política. Assistir Dilma Rousseff comentando o “golpe” em francês tampouco provocou espanto, ainda que indigne saber que estamos pagando por aquele mico em euro. Mas o francês é de Dilma, é dela, é da estocadora de vento, da mulher sapiens, da presidente que não falou com a massa, mas falou com a mandioca.

Fazer o quê? Apenas pensar que nenhum brasileiro – nem mesmo os petistas – merecem ser governados por Lula, Dilma e Temer nessa ordem ou em ordem nenhuma. Pensar que nenhum brasileiro – mesmo os que ainda defendem o lulopetismo – merece Brasília, a lista de Janot, e todo o nosso cotidiano que nem espanta mais.

ELOGIOS

Em todos os anos de vida nessa desamada cidade de Porto Velho nunca tanta gente falando bem de um chefe de Executivo como acontece agora. É claro que tem aqueles reclamantes de uma nota só, sempre dando estocadas inofensivas colocando no colo de quem ainda não tem nem 100 dias de gestão a culpa por um fracasso de décadas, como a tal EFMM. É mesmo pessoal que também coloca no colo do atual prefeito a culpa pelos “malefícios” da Hidrelétrica de Santo Antônio.

SEM SENTIDO

Mudaram novamente a data para a apresentação carnavalesca das “escolas” de Porto Velho. Certamente não faz mais sentido realizar esse “entrudo” fora de época, como se com isso se preenchesse a lacuna deixada pelo cancelamento do desfile na época própria. A prefeitura bem que deveria cancelar de vez essa proposta sem sentido.

O carnaval só se justifica como expressão cultural da cidade e, também, como empreendimento capaz de atrair investimentos e faturamento para a municipalidade. Num momento atípico da economia a insistência de colocar nas ruas as escolas no período totalmente descolado das tradições de Momo é uma enorme besteira.

IMAGINE

Em três meses incompletos de gestão encantou a população com práticas oportunas e o discurso eloquente de – “Não sou político! Sou gestor!” E há tempos não ouço tantos elogios a um político – que não quer ser político – como escutei a Hildon Chaves por ações como a de limpeza do Cemitério Santo Antônio, conquistando o primeiro lugar no ranking dos espantos.

Imagine o que vai acontecer quando o atual prefeito desocupar as praças e outros espaços públicos tomados pelo comércio pirata e de contrabando; quando colocar estacionamento regulamentado nas áreas centrais, quando acabar com aquele muquifo apelidado de praça dos engraxates, quando resgatar as grandes promessas de campanha tipo Ceasa.

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