Nem tudo está perdido
De qualquer maneira, o governador ainda tem muito tempo pela frente para parar, refletir e agir. A população não pode continuar entregue à marginalidade. A menos, é claro, que se deseje que tudo continue como dantes, no quartel de Abrantes. Talvez, por isso, tenha muita gente com saudade dos tempos de Confúcio
O governador Marcos Rocha caminha para fechar o sétimo mês no comando do Estado de Rondônia. Para alguns, ainda é cedo para se fazer uma avaliação meticulosa de sua administração. Muitos ainda confiam numa mudança real dos destinos de Rondônia e do seu povo. Afinal, esse foi o desejo que levou parcela expressiva do eleitorado a elegê-lo.
Nesse período, não tivemos nenhuma medida de impacto, principalmente nas áreas mais sensíveis do governo, como segurança pública, saúde e educação. Quando o assunto é segurança pública, por exemplo, pode-se observar em cada rosto uma ponta de frustração e decepção. É a expressão da angústia, brotando do fundo da alma. Por que, meu Deus, tanta violência?
É difícil acreditar, engolir a seco, sem reclamar. Ás vezes dá uma revoltada danada, principalmente quando se compara o discurso de campanha com a realidade. Mas sempre tem sido assim, fazer o quê? Passada a disputa, logo vem o desencanto, com a corda arrebentando do lado mais fraco. Nesse caso, o segmento mais carente da população.
De qualquer maneira, o governador ainda tem muito tempo pela frente para parar, refletir e agir. A população não pode continuar entregue à marginalidade. A menos, é claro, que se deseje que tudo continue como dantes, no quartel de Abrantes. Talvez, por isso, tenha muita gente com saudade dos tempos de Confúcio.
Não sou pessimista. Acho que o governador pode mudar o resultado do jogo. Convém que o faça logo, antes de o juiz apitar o final da partida, para, depois, não chorar sobre o leite derramado, pois já tem muita gente arrependida de ter sido seu espontâneo cabo eleitoral e muitos eleitores arrependidos de terem sufragado seu nome. Eu, porém, não costumo jogar a toalha fácil. Acredito que o Coronel Marcos Rocha tem tudo para realizar o bom trabalho, principalmente se não dê ouvidos aos faiscadores de ilusões, muitos dos quais encastelados em setores estratégicos do governo, que querem vendar os seus olhos, impedindo-o, assim, de enxergar a realidade. Nem tudo está perdido.
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