No auge da pandemia, governo Bolsonaro corta auxílio emergencial e deixa 48 milhões sem ajuda

A única solução arrumada pela equipe econômica do governo é o aumento de R$ 192 para R$ 200 do Bolsa Família, cujos beneficiários haviam sido integrados no auxílio

Brasil 247
Publicada em 29 de dezembro de 2020 às 11:00
No auge da pandemia, governo Bolsonaro corta auxílio emergencial e deixa 48 milhões sem ajuda

(Foto: Fotos: Agência Brasil)

No auge da pandemia do novo coronavírus, em que os casos já ultrapassaram 7,5 milhões e o Brasil caminha para 200 mil mortos pela Covid-19, o governo de Jair Bolsonaro acabou com o auxílio emergencial de R$ 600, que não continuará sendo pago em 2021.

Com isso, 48 milhões de brasileiros, principalmente trabalhadores informais, ficarão sem ajuda do governo federal, segundo reportagem do jornal O Globo. Soma-se a isso o aumento do desemprego e da carestia dos produtos básicos que o país enfrenta diante da crise econômica, reforçada com pandemia.

A única solução arrumada pela equipe econômica do governo é o aumento de R$ 192 para R$ 200 do Bolsa Família, cujos beneficiários foram integrados no auxílio de R$ 600, que substituiu o programa social durante sua duração. 

O Bolsa Família, entretanto, não aborda boa parte dos recebedores do auxílio e o novo aumento é extremamente baixo em comparação com a crise vivenciada pelo país.

Apenas 300 mil famílias devem ser integradas ao Bolsa Família segundo o plano do governo Bolsonaro.

Da mesma forma, o governo decidiu liberar o saque do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) em determinados casos. O fundo, porém, deveria ser uma garantia para ajudar os trabalhadores durante a aposentadoria ou após demissão sem justa causa; em razão de doença grave; e até mesmo para aquisição de uma casa própria. Sem programa social, o governo permitiu a liberação deste fundo de garantia no atual momento.

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