No Dia Mundial de Combate à Doença de Chagas, Agevisa orienta sobre prevenção contra o inseto vetor
Doença atinge seis milhões de pessoas em 21 países das Américas, e em Rondônia, seis casos da doença foram confirmados nos últimos cinco anos
Doença de chagas atinge seis milhões de pessoas em 21 países das Américas, mais de 650 mil no Brasil
Esta quinta-feira (14) marca o Dia Mundial de Combate à Doença de Chagas, que este ano traz como tema da campanha nacional, ‘‘Chagas Hoje: Quantos Somos e Onde Estamos’’. A proposta é fortalecer dados precisos para usar como base para estratégias eficientes de enfrentamento a esse mal. A doença atinge seis milhões de pessoas em 21 países das Américas, mais de 650 mil no Brasil. Em Rondônia, segundo apontam os dados da Agência Estadual de Vigilância em Saúde – Agevisa, seis casos agudos da doença foram confirmados nos últimos cinco anos.
A Agevisa, alerta que a doença transmitida pelo inseto vetor, conhecidos popularmente como “barbeiros”, possui duas fases: a aguda e a crônica, por isso, é importante que as pessoas que estiveram em regiões de mata ou viajaram para cidades com alta taxa de pessoas contaminadas busquem fazer o exame parasitológico e tratar a doença para que não evolua.
“É importante procurar serviço médico para investigação, diagnóstico e tratamento da doença”, orienta o diretor-geral da Agevisa, Gilvander Gregório de Lima.
Os principais sintomas da doença de chagas na fase aguda são: febre por mais de sete dias, dor de cabeça, fraqueza intensa e inchaço no rosto e pernas. Já na fase crônica, a pessoa pode apresentar problemas cardíacos e digestivos.
‘‘É possível encontrar o parasita por meio de exame parasitológico de uma gota espessa. Durante 60 dias, a pessoa está na fase aguda. Passado esse período, entra para fase crônica, que se estende para o resto da vida. Depois de anos surgem as complicações’’, explica o coordenador estadual do Programa de Vigilância e Controle de Doenças de Chagas e Filarioses da Agevisa, José Maria Silva.
TRANSMISSÃO
De acordo com o coordenador, o tipo de transmissão, na maioria dos casos em Rondônia é vetorial, ou seja, pela picada do mosquito. Recentemente, a pesquisa desenvolvida pelos profissionais de Rondônia em 2018, que aponta a existência da transmissão vetorial no Estado, foi publicada em uma revista internacional. O estudo também deve ser divulgado pelo Ministério da Saúde (MS).
O coordenador ressaltou que identificar a maneira que ocorre a contaminação é importante para traçar metas estratégicas de combate à doença. Os outros tipos de transmissão são oral (ingestão de alimentos contaminados), vertical (de mulheres infectadas para os bebês durante gravidez ou parto); transfusão de sangue ou transplante de órgãos de doadores infectados, e acidental (contato da pele ferida ou mucosas com material infectado).
O tratamento da doença é feito conforme orientação médica, sendo que o remédio é fornecido gratuitamente pelo Ministério da Saúde.
ESTRATÉGIAS NOS 52 MUNICÍPIOS
Dos seis casos confirmados em Rondônia de 2017 a 2021, um foi registrado em Candeias do Jamari, um em Cujubim, um em Ji-Paraná, um em Machadinho d’Oeste e dois em Porto Velho.
Para orientar os 52 municípios quanto o enfrentamento à doença de chagas, em alusão ao Dia Mundial de Combate à Doença de Chagas, a Coordenação Estadual do Programa de Vigilância e Controle de Doenças de Chagas e Filarioses da Agevisa, realizou, no último dia 5, reunião técnica com profissionais de saúde.
‘‘Orientamos os profissionais de saúde dos 52 municípios do Estado sobre prevenção e diagnóstico da doença de chagas. Essas orientações buscam contemplar especialmente aqueles profissionais envolvidos diretamente com a vigilância e atenção básica de saúde. Instruímos ainda, os gestores municipais sobre a importância do acompanhamento dessa enfermidade, para que assim os municípios possam desenvolver ações certas e em tempo oportuno’’, afirma o coordenador.
EXAMES
O Laboratório Central de Saúde Pública de Rondônia – Lacen, faz exames dos “barbeiros” enviados pelos municípios, sendo que em 14 municípios há registros de “barbeiros” infectados pelo protozoário Trypanosoma cruzi.
Conforme a bióloga do Lacen, Alda Lobato, é importante que o morador ao encontrar o inseto ‘‘barbeiro’’ adote medidas de prevenção como: proteger as mãos com luvas ou saco plástico, acondicionar o inseto em um recipiente plástico com tampa de rosco para evitar a fuga, e rotular com data e nome do responsável pela coleta, e local da captura.
Esses procedimentos são importantes, pois a prevenção da doença de chagas está intimamente relacionada à forma de transmissão. Outras recomendações são: estar sempre atento as áreas por onde o inseto pode entrar nas casas, podendo ser usados mosquiteiros, além de usar roupas de mangas longas e repelentes ao realizar atividades noturnas em áreas de mata.
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