No PP, Marcos Rocha não terá garantia de candidatura à reeleição
Deputada Jaqueline Cassol disse que caso o candidato natural, Ivo Cassol, não consiga a elegibilidade, há outros nomes dentro do próprio partido
A engenharia política do presidente Jair Bolsonaro em busca de apoio parlamentar no Congresso pode meter o projeto de reeleição de seu principal aliado em Rondônia, o “amigo de muitos anos”, governador Marcos Rocha, numa encruzilhada.
A nomeação do presidente nacional do PP, senador Ciro Nogueira (PI) para ministro da Casa Civil abre caminho para que Bolsonaro retorne ao PP, de onde saiu brigado com o próprio Nogueira, em 2015, por não ter conseguido viabilizar o “sonho” de uma vaga para disputar a Presidência em 2018. À época, Nogueira não só barrou as pretensões de Bolsonaro como declarou voto em Lula.
Na ‘live’ semanal desta quinta-feira |(22), Bolsonaro sinalizou que deve mesmo procurar o antigo ninho. "Pode ser um partido para disputar as eleições? Pode ser. No momento não tenho partido ainda. Não é fácil chegar a um acordo com o partido, porque é como um casamento", disse.
Na repercussão desse movimento em terras rondoniense começa o calvário do governador Marcos Rocha. Enquanto que Bolsonaro pode atrelar tranquilamente seu projeto de poder ao PP, o mesmo não se pode dizer ao governador rondoniense, também sem partido desde que deixou o PSL, seguindo JB. Por aqui, caso opte por continuar telecomandado por Bolsonaro, não terá vida fácil.
Segundo a presidente regional do PP, deputada federal Jaqueline Cassol, a sigla é “um partido aberto a todos que queiram se irmanar ao projeto Progressistas”, ou seja, ele poderá até ser aceito no partido. E, ponto! Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa. Vaga assegurada para disputar a reeleição nem pensar. A deputada reclamou da dificuldade que o governador tem em aceitar críticas. “Aqui não se pode divergir”, criticou.
O candidato natural do partido, segundo ela, é o ex-governador e ex-senador Ivo Cassol, que aguarda uma definição do Supremo Tribunal Federal sobre a liberação ao não de sua elegibilidade. Caso seja barrado, Jaqueline Cassol disse que o partido tem “outros dois ou três nomes que podem agregar e encampar um projeto para o governo.
Pré-candidata ao Senado, Jaqueline não abre mão das articulações para a formação das nominatas. Ela e o secretário geral do partido, o jornalista e advogado Luiz Paulo, que a propósito deverá estrear na disputa a uma vaga de deputado estadual ou federal, estão percorrendo o Estado de ponta a ponta em busca de arregimentar forças para as eleições de 2022.
Eles acreditam que a ida de Bolsonaro para o PP repercutirá com grande força em Rondônia. Elesd esperam que muitas lideranças deverão bater às portas do Progressistas. Luiz Paulo disse ter tido acesso a uma pesquisa que mostrou quer a força do bolsonarismo em Rondônia chega a 70% dos eleitores.
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