O Senador Ivo Cassol (PP) disse, em nota, que  foi surpreendido com a inclusão de seu nome na lista divulgada pelo Jornal Estadão na data de ontem (11/04), com base na delação do executivo do Grupo Odebrecht.

Segundo o Senador, “Não só entendo que é o dever da justiça investigar e fiscalizar os políticos, como é meu dever também lembrar que fui o único parlamentar que denunciou formalmente a isenção fiscal para as usinas do Rio Madeira em 2011".

"O prejuízo ao estado foi estimado em 1 bilhão de Reais, valores que poderiam ser investidos em melhor qualidade de vida para o povo de Rondônia", acrescentou o senador, acusado por delatores de ter recebido R$ 2 milhões em propina, quando era governador do Estado, para facilitar a construção da Usina Hidrelétrica de Santo Antônio, no Rio Madeira. O apelido de Cassol no Departamento da Propina da construtora Odebrecht era Maçaranduba.

Além de Cassol, os delatores acusaram de também receber propina o ex-secretário estadual de Planejamento durante seu Governo, João Carlos Gonçalves Ribeiro. Ele teria embolsado R$ 1 milhão com a mesma finalidade: facilitar a construção da Usina. Outro que aparece na delação é o senador Valdir Raupp (PMDB).

Em sua nota, Cassol diz: "À época dos fatos denunciei essa isenção de impostos a vários órgãos públicos, tais como Ministério Público, Tribunal de Justiça, Tribunal de Contas e Assembleia Legislativa do Estado de Rondônia , e mesmo assim essa isenção foi concedida pelo atual governo do Estado de Rondônia em 2011".

Por último, ele acrescenta: "Portanto, julgo totalmente injusta e descabida a citação do meu nome. Vejo isso como uma retaliação por ter sido contra a isenção de impostos dada aos consórcios que construíram as usinas de Jirau e Santo Antônio.”