Notificação prévia de gado doente pode evitar prejuízos ao produtor rural
O alerta é feito pela Idaron que, neste mês de janeiro, em uma mesma propriedade, registrou a morte de 13 bovinos por suspeita de raiva, em Cabixi, regional de Vilhena
A raiva não tem cura, logo, a vacinação é a única forma de conter os focos da doença e garantir um rebanho saudável
A notificação, em até 24 horas, de enfermidade em animais, bovinos, caprinos ou suínos, ao serviço veterinário oficial, além de evitar que a doença se propague, com prejuízos à produção agropecuária, facilita e torna mais eficaz o trabalho de sanidade animal desenvolvido pelo governo do Estado. O alerta é feito pela Agência de Defesa Sanitária Agrosilvopastoril de Rondônia (Idaron) que, neste mês de janeiro, em uma mesma propriedade, registrou a morte de 13 bovinos por suspeita de raiva, em Cabixi, regional de Vilhena.
A Agência só foi notificada do foco depois da morte de 12 animais. O 13o caso foi acompanhado de perto por técnicos da Idaron, com observação de sinais clínicos e recolhimento de material para exames que levaram à confirmação de contaminação pelo vírus da raiva.
Imediatamente, após a identificação do foco, a Idaron iniciou a aplicação de medidas sanitárias em áreas de foco e perifoco, com o objetivo de controlar e prevenir a ocorrência de novos casos da doença, conforme preconizado pelo Programa Nacional de Controle da Raiva dos Herbívoros (PNCRH), do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
Dentre as várias medidas adotadas pela Agência Idaron, está a investigação epidemiológica na propriedade de origem, análise de trânsito dentro do período de incubação da doença e notificação de produtores rurais para vacinação focal e perifocal, abrangendo todos os herbívoros existentes nas propriedades em um raio de até 12 quilômetros. Após a vacinação, a medida seguinte é a declaração da vacinação à Idaron.
“A raiva não tem cura, logo, a vacinação é a única forma de conter os focos da doença e garantir um rebanho saudável”, salientou o presidente da Idaron, o médico veterinário Júlio Cesar Rocha Peres.
O CASO
O foco foi identificado no último dia 6 deste mês de janeiro, através da notificação feita pela filha do dono da propriedade. Segundo registro, o evento teve início dia 20 de dezembro do ano passado. 12 cabeças de gado morreram e estavam todas enterradas.
Através de filmagens feitas pelo gerente da fazenda, os técnicos da Idaron puderam analisar o comportamento clínico de três dos animais mortos. Todos apresentaram falta de coordenação motora e andar cambaleante.
O gerente da propriedade disse que não notou marca de mordedura de morcego, mas conta que já chegou a usar pasta vampiricida na propriedade. Ele foi orientado a vacinar o rebanho contra a raiva e, como entrou em contato com os animais suspeitos, foi indicado para que procurasse um posto de saúde. Também foi feita uma notificação de agravo à saúde, oficialmente, para o secretário de saúde do Município.
No dia 13 deste mês, o gerente da propriedade ligou para a ULSAV (Unidade Local de Sanidade Animal e Vegetal) de Colorado do Oeste, informando que havia dois bezerros doentes. Eram dois machos de aproximadamente 70 dias de vida. O primeiro observado estava deitado lateralmente. Com a aproximação do veterinário da Idaron, o animal se levantou, mas apresentava tremores de cabeça e incoordenação motora, além de salivação.
O outro animal também foi encontrado em repouso, deitado, apresentava salivação, orelhas eretas e ausência de reflexo em partes do corpo. Como era o mais debilitado foi sacrificado para análise.
A Idaron tomou as medidas sanitárias necessárias e segue monitorando as propriedades na região, colocando-se à disposição para recebimento de suspeitas de doenças nas suas unidades, pelo site ou telefone 0800 643 4337.
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