Mato Grosso - A Secretaria de Segurança Pública de Mato Grosso informou que os corpos dos nove mortos já estão na cidade de COLNIZA-MT. Os  trabalhos de retirada dos corpos do local iniciaram ainda na sexta-feira (20) e só foi possível chegar com os corpos até Colniza após um intenso trabalho das polícias.

Na operação trabalham peritos da Politec, Força Tática da Polícia Militar, Corpo de Bombeiros e policiais civis de Juína, sob comando dos delegados Edson Ricardo Pick, de Colniza,  e José Carlos de Almeida Junior, da Delegacia Regional de Juína,  que fazem parte do comboio que partiu para a região e agora retornou  com os corpos.

Os corpos serão submetidos aos   trabalhos periciais que são realizados pela Politec. Depois,  serão entregues às  funerárias de plantão. Ainda não foi  divulgado  nome de nenhuma vítima. Sabe-se  que são todos homens e adultos,; não há crianças entre eles. 

Os trabalhos de localização e identificação dos corpos são demorados devido ao difícil acesso e falta de comunicação na região. Policiais disseram que as imagens são de terror. Os corpos foram encontrados espalhados  pelas propriedades rurais. Boa parte das vítimas foi morta a  facadas. Algumas  estavam com a arma “cravada” no corpo.

A área conhecida como assentamento do Taquaruçu do Norte, segundo a Sesp-MT, fica a 250 km da cidade e é de difícil acesso. Para chegar ao local, os policiais devem seguir em barcos pelo Rio Roosevelt. De acordo com as informações, a região é de intenso  conflito agrário. Diversas mortes relacionadas a disputa de terras já foram registradas na região. A chacina na zona rural de Colniza é atribuída a um bando denominado "Encapuzados". Eles seriam capatazes de grandes fazendeiros que vivem em conflitos com pequenos produtores.

Informações de um parente de uma vítima que teria conseguido fugir do tiroteio e chegado às 4 horas da manhã desta sexta-feira (21) na cidade de Ariquemes, estado de Rondônia, dão conta que foram quatro homens encapuzados que chegaram e realizaram  as execuções que se transformaram  em uma chacina. Há informações de que existem vitimas das cidades de Cacoal e São Miguel do Guaporé,  no estado de Rondônia.