O inimigo do meu inimigo é meu amigo
Cada um continuará pensando e agindo à sua maneira, inspirados numa visão social e de país.
Moro está mais do que certo. Aliás, está certíssimo, quando aventa a possibilidade unir forças com o presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro para combater o que chamou de um inimigo em comum, no caso o ex-presidiário e candidato à presidência da República, Lula, que, se eleito, segundo o ex-juiz, teria ameaçado transformar os procuradores da operação Lava Jato em bandidos, promovendo uma espécie de caça às bruxas.
Moro fala não somente com autoridade de um ex-juiz que ajudou a desmantelar e mandar para a cadeia um punhado de figurões da República, entre eles, Lula, acusados de participarem do maior esquema de corrupção da história mundial, responsável pelo desvio de bilhões de reais dos cofres da Petrobrás, que, por muito pouco, não naufragou no mar revolto das bandalheiras, mas também como senador eleito nas eleições de domingo (2) com quase dois milhões de votos pelo estado do Paraná.
Afinal, como ele mesmo disse em um vídeo que corre nas redes sociais, o que está em jogo, agora, são os mais altos interesses da Nação, e não privilégios pessoais ou partidários. E quem o conhece garante que se não poderia esperar dele outro comportamento. Agora, só não vê isso quem não quer, evidenciando, assim, um primarismo que chega às raias da burrice ou, então, da mais absoluta irresponsabilidade.
A atitude de Moro deixa claro que as regras da boa e civilizada convivência politica entre contrários são importantes para o aperfeiçoamento da democracia brasileira. Isso não significa necessariamente uma aliança política com Bolsonaro. Nada disso. Moro e Bolsonaro estão em campos opostos. E ambos já deixaram isso muito claro. Não acredito que nada vai mudar entre eles. Cada um continuará pensando e agindo à sua maneira, inspirados numa visão social e de país. Na prática, porém, Moro está fazendo valer o provérbio segundo o qual o inimigo do meu inimigo é meu amigo.
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