O Irã tem armas nucleares?
Com armas de destruição em massa em suas mãos, o Irã equilibraria o jogo político naquela tensa e conflagrada região do mundo
Tomara que sim! Parece que a República Islâmica do Irã já tem armas atômicas em seu arsenal. Que bom! Graças a Deus! Graças a Alá! Na sexta-feira passada no Fórum Econômico Mundial em Davos na Suíça, o diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica, Raphael Grossi, afirmou ter sérias preocupações com o programa atômico do Irã. Ele falou que a República dos Aiatolás pode ter mais de 130 quilos de Urânio já enriquecido que daria para fabricar várias ogivas nucleares. Os iranianos não permitem que a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) fiscalize as atividades nucleares do país. Com armas de destruição em massa em suas mãos, o Irã equilibraria o jogo político naquela tensa e conflagrada região do mundo. Israel não admite, mas falam que os judeus possuem hoje mais de 90 ogivas nucleares em seus arsenais. Dará empate!
O Clube Nuclear do Mundo é muito restrito. Só Estados Unidos, Rússia, China, Reino Unido, França, Índia, Paquistão, Coreia do Norte e Israel possuem essas armas. E agora, se os deuses quiserem, o Irã entrará para esse diminuto time de potências nucleares. Para se ter uma ideia da importância dessas armas, apenas os cinco primeiros países a possuir tais meios fazem parte do Conselho de Segurança da ONU. Em tese, são eles que sempre mandaram no mundo. Pior: de posse de tais armamentos criaram mecanismos para que nenhum outro país pudesse ter acesso à energia nuclear para fins bélicos. É um perigo que apenas poucos e raros países possam ter armas nucleares, já que quem não possui será sempre dominado por um vizinho mal intencionado que detém o poder de destruir populações inteiras com um simples ataque. Veja-se o caso da Índia e Paquistão.
Depois que o Paquistão teve acesso à bomba atômica, os indianos pararam de provocá-lo e o equilíbrio político voltou ao sul da Ásia. O mesmo deve acontecer no Oriente Médio. Israel, por possuir um arsenal nuclear, manda e desmanda na região como está fazendo agora contra os coitados dos palestinos. Já matou quase 30 mil deles em pouco mais de três meses. Nesse ritmo de matança, em menos de seis anos não restará um único cidadão palestino vivo. Falam que foi Albert Einstein que repassou para os soviéticos os segredos nucleares dos Estados Unidos para “equilibrar as decisões políticas mundiais” depois da Segunda Grande Guerra. Para o cientista, o poder não pode jamais ficar de um lado só. Com ogivas nucleares à disposição dos aiatolás, os seus inimigos pensarão agora duas, três vezes antes de iniciar um genocídio qualquer. Chega!
Não fosse o poderoso arsenal atômico da Coreia do Norte, este país já teria sido invadido, destruído e aniquilado por forças da Coreia do Sul ajudadas pelos Estados Unidos e seus aliados. Por isso que as potências ocidentais não querem que o Irã tenha acesso a armas de destruição em massa. Os americanos gostariam de continuar mandando nos destinos e também nos campos de petróleo dos persas como sempre fizeram quando o Xá Mohammad Reza Pahlavi governava aquele país. Os norte-americanos sempre foram o câncer do mundo, mas agora com a China emergindo como superpotência econômica, eles têm que moderar sua ganância e seu imperialismo demoníacos. Cada país tem sua maneira de viver, seus princípios, sua religião, seus recursos, sua soberania. Nada de se curvar a ninguém. O único medo de o Irã possuir tais armas é querer agora “afogar o último judeu no Mediterrâneo” ou “incendiar Haifa”. Quem vai parar os aiatolás xiitas?
*Foi Professor em Porto Velho.
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