O labirinto da política: quem fica ao lado de quem e quem disputará o que neste ano e em 2022?

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Sérgio Pires
Publicada em 15 de janeiro de 2020 às 08:30
O labirinto da política: quem fica ao lado de quem e quem disputará o que neste ano e em 2022?

O que se deduz da foto desse quarteto, todos bons de voto, todos entre as lideranças políticas mais importantes do Estado? Nela estão três aliados: Hildon Chaves e Expedito Junior, tucanos e o senador Marcos Rogério, do DEM, um dos nomes mais cotados para disputar o Governo de Rondônia em 2022. Também está nela o ex deputado e ex governador Daniel Pereira. Para um leigo, pode parecer que Daniel seja um estranho no ninho. Não na política, onde quase todo o mundo conversa com quase todo o mundo. A verdade é que há uma aproximação concreta do ex governador com o grupo tucano. E, por extensão, com Marcos Rogério, cuja cabeça se divide entre as ações no Senado e a principal cadeira do Palácio Rio Madeira/CPA, onde ele sonha sentar a partir de 1º de janeiro de 2023. Aproximando-se de Hildon Chaves, Daniel estaria abrindo mão de sua possível candidatura à Prefeitura da Capital? Parece óbvio, a menos que Hildon desista da reeleição, o que tende a ser pouquíssimo provável, ao menos neste momento, onde pesquisas não oficiais já apontam um crescimento dele em vários bairros da cidade. Daniel então estaria de olho no Governo, o mesmo que comandou com competência durante oito meses, por isso a aproximação com novos aliados? Até poderia, mas daí Marcos Rogério teria que mudar de planos. Então, ao que parece, tucanos, o DEM e o Solidariedade de Daniel vão caminhar juntos em 2020, já pensando em 2022, mas ainda sem definições concretas de quem concorreria ao que. Quem sabe o ex Governador poderá batalhar por uma vaga no Congresso? Enfim, nada está definido, a não ser a aproximação.  

As ilações são muitas e as possibilidades apontam para um leque de opções. A verdade é que lideranças deste tamanho e desse pacote de votos, em todo o Estado, não se reúnem apenas para bater papo e saber como vão as famílias uns dos outros. Os olhos estão sempre voltados para a próxima eleição. Ainda mais que o grupo poderá enfrentar, ao menos no caso de Porto Velho, nomes que têm se destacado muito nas pesquisas informais, como o deputado federal Léo Moraes, do Podemos e o jovem Vinicius Miguel, do Cidadania, além do próprio ex prefeito Mauro Nazif, que desde que ofendeu a direção da Aneel, em Brasília e distribuiu um vídeo desse evento, cresceu perante o eleitorado, que está em guerra contra a agência reguladora e a Energisa. E, é bom lembrar: o MDB tem um nome forte na manga, com quem ainda está negociando. Os meandros da política são também, de vez em quando, labirintos tão complexos quanto aquele que escondia o Minotauro, que foi derrotado apenas por Teseu, o herói da lenda grega. Quem será o Minotauro do labirinto e quem será Teseu, nessa guerra política que se aproxima, com tantos nomes quentíssimos querendo, em 2020 a Prefeitura da Capital e em 2022, o Governo do Estado e o Senado? Quem tiver resposta para essas perguntas, aposte na Mega Sena, porque terá grande chance de ganhar...

EXEMPLO: UMA ECONOMIA DE 40 MILHÕES

Foram 40 milhões de reais economizados. Parece irreal, mas é a pura verdade. O dinheiro está no cofre, para ser devolvido para o Governo do Estado (uma parte) e outra para os municípios rondonienses, através de convênios. O valor foi resultado da economia feita durante o primeiro ano da gestão (entre   fevereiro e dezembro do ano passado) do deputado Laerte Gomes, à frente da Assembleia Legislativa. Certamente, é um recorde difícil de superar em termos de contenção de despesas, para que sobrasse todo esse valor, que servirá para atender vários setores e beneficiar a população. Uma fatia desse bolo economizado volta aos cofres do Estado, com destinação direcionada a entidades como o futuro hospital de Pronto Socorro da Capital; como o Hospital do Amor (Hospital do Câncer) de Rondônia; Hospital Daniel Comboni, de Cacoal, entre outros. O restante, com valores ainda a serem definidos, será distribuído, através de convênios específicos, com várias Prefeituras. Cortando na própria carne, diminuindo todos os gastos possíveis, apertando os cintos, Laerte Gomes, aliás, com o apoio de todos os demais deputados, conseguiu uma economia de valor jamais imaginado, que seria devolvido aos cofres públicos, para voltar em benefício à comunidade rondoniense. Realmente, as coisas estão mudando na política. A Assembleia de Rondônia dá um exemplo ao país, economizando a verba que poderia ter utilizado, mas que vai destinar a quem mais precisa: o rondoniense comum!

INFÂNCIA DESTRUÍDA: 88 CASOS DE ESTUPROS

Numa cidade sem saneamento básico, sem água potável, para mais de metade da população, não é surpresa que o Hospital Cosme e Damião, especializado em tratar de crianças, tenha registrado próximo a 75 mil atendimentos no ano passado. Numa matemática simples, 205 atendimentos dia; mais de 8 crianças atendidas a cada hora. A grande maioria dos casos são de doenças   simples, mas mesmo assim preocupantes, como muitos casos de problemas intestinais, diarreia, pneumonias, que podem ser causadas exatamente pela inexistência de, nem sequer, uma estrutura de saneamento, mesmo que simplória. As vacinas têm ajudado, mas mesmo assim ainda é enorme o número de pequeninos adoentados por viverem em locais insalubres.  O Cosme e Damião, referência no atendimento, registrou inúmeros casos também de crianças acidentadas ou agredidas em casa. Mas os piores números, que deixam perplexa qualquer pessoa de bem, foram relacionados com os 88 casos de abusos sexuais contra crianças, mais de sete registros por mês, quase um caso a cada quatro dias. Praticamente todos eles praticados por pessoas próximas. Espera-se que todos os abusos tenham registro policial e que os denunciados sejam condenados e presos. É uma tragédia se saber que tantos inocentes tiveram sua infância destruída por tarados, criminosos que merecem penas duríssimas e prisão eterna.

ROCHA: FALTAM TRÊS PEDRAS

Na sua última entrevista do ano na TV, no programa Papo de Redação, com os Dinossauros, o governador Marcos Rocha fez um balanço das principais realizações do seu primeiro ano de governo e saiu pela tangente, ao falar sobre reeleição. Foi correto ao dizer que é muito cedo para se falar nisso e que só um governo seu, de resultados aprovados pela maioria dos rondonienses, poderá fazê-lo pensar no assunto, mas só “quando chegar a hora!”. Rocha, nesse momento, tem pensando em fazer uma administração bastante positiva e o tem conseguido em vários setores. Na saúde pública, por exemplo, são notórias as melhorias, exatamente num setor que é o calcanhar de Aquiles da grande maioria dos governos. Sem uma só denúncia de corrupção ou malfeito em seu governo; com vários setores melhorando; com as finanças sob controle e em dia; governando para todos e não só para o funcionalismo, como muito se viu nessa terra de Rondon, Rocha já solidificou a primeira pedra necessária para pisar firme e pensar na reeleição. Faltam mais três. Se realizar tudo o que tem planejado; se mantiver as finanças sob controle, pagando rigorosamente em dia servidores e fornecedores; se continuar a batalha contra a corrupção; se der atenção especial às estradas e ao interior, terá grandes chances de chegar a um segundo mandato. Mas, até lá, ele tem razão, terá que dar muito duro, para só então começar a pensar em 2022.

AINDA HÁ ESPERANÇA!

É guerra! É morte! É violência! É truculência! É brutalidade! É falta de respeito com o próximo! Isso é o que se vê todos os dias nos noticiários, nos sites, nas TVs, nos jornais impressos que, parece mentira, ainda existem. Mas há também cenas isoladas de demonstração de humanidade, de amor, de respeito, de solidariedade. Dois exemplos, um distante mais de 3.400 quilômetros do outro, mesmo isolados, dão ainda muita esperança de que nem tudo é ruim e destrutivo, nesse mundo cada vez mais egoísta. No Rio de Janeiro, um homem, anônimo, arriscou a vida para salvar um bebê, numa enchente em São Gonçalo, onde a totalidade dos moradores vive na pobreza, pertinho da miséria. Outro morador, com um trator, resgatou outras 30 pessoas, uma a uma. Outro exemplo, simples, mas tocante, foi dado por uma gráfica de Porto Velho, localizada na zona leste. Uma placa na calçada, avisa que a empresa oferece impressão gratuita de currículos para desempregados. “A Versátil Gráfica acredita que se todos fizermos um pouco para o próximo, o mundo será bem melhor”! Nada de pieguice ou melodrama. Apenas a constatação de que há, sim, nesses pequenos gestos, alguma esperança real de que esse mundo em que vivemos, cercados de tantas más notícias e coisas ruins, há ilhas que nos confortam e nos impulsionam a seguir em frente. Os gestos aqui registrados são exemplos concretos desse raciocínio...

DPVAT: FURO DE 1 BILHÃO

Quando o governo Bolsonaro avisou que acabaria com o DPVAT, principalmente por suspeita de que o dinheiro, em muitos casos, não chegava aos que deveriam ser beneficiados, muitos narizes ficaram torcidos. A grande mídia, sempre angustiada para esculhambar com o atual governo, chegou a fazer ilações de que Bolsonaro estaria se vingando de adversários políticos, dirigentes do consórcio responsável pelo DPVAT. O STF, através de seu presidente, Dias Toffoli, cometeu a heresia de derrubar o decreto presidencial que reduziu os valores do seguro obrigatório, a muito próximo de 95 por cento do que era, mas o próprio ministro teve que voltar atrás, vendo o absurdo que cometera. Agora, fica-se sabendo que há suspeitas de pelo menos 1 bilhão de reais que teriam sido gastos de forma irregular. É só a ponta do iceberg. Vem coisa muito pior por aí. No final, o caso DPVAT vai mandar muita gente graúda para atrás das grades. É esperar para ver...

TRINTA ANOS DEPOIS, TUDO IGUAL...

Ex vereador atuante, o engenheiro Claudinho Vidal foi o autor da uma indicação, entre 1989 e 1990, ou seja, há quase 30 anos, solicitando a criação de uma área para o camelódromo de Porto Velho. O prefeito era Chiquilito Erse. A intenção era retirar todos os ambulantes que tomavam conta das calçadas, inclusive em frente a lojas, na avenida Sete de Setembro, concentrando-os num só local. Durante debate nesta segunda, no programa Papo de Redação, da Rádio Parecis FM (com os Dinossauros Domingues Júnior, Jorge Peixoto, Beni Andrade e Sérgio Pires), Vidal contou que houve um grande esforço para transferir, para o local definitivo, os vendedores da área central da cidade, na época. Relatou então que, criado o local específico para todos, menos de seis meses depois, a grande maioria tinha abandonado o camelódromo, passando o ponto para um familiar ou o vendendo a terceiros. E simplesmente retornando ao ponto anterior, o que era totalmente ilegal. Para Vidal, não há solução para o problema, a não ser que o mandatário da cidade tenha coragem para enfrentar o problema e correr todos os riscos de até perder uma eleição, priorizando a população como um todo. “O atual Prefeito pode tirar todos os ambulantes das praças e do centro de Porto Velho, mas, infelizmente, em seis meses, todos estarão de volta”, lamentou. O ex vereador protestou também que há praças, que pertencem à coletividade e que se tornaram camelódromos ilegais. Como há quase três décadas acontecia com a Sete de Setembro.

PERGUNTINHA

Justiça do Trabalho manda motoristas e cobradores dos ônibus da Capital voltarem a trabalhar, sob pena de multa ao sindicato deles de até 100 mil reais por dia, mesmo que a empresa onde trabalham não tenha pago seus salários. Você acha essa decisão correta ou não?

Comentários

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    GUSTAVO OLIVEIRA 15/01/2020

    Eu votaria no Daniel nas atuais circunstancias, para prefeito e poderria votar para governador. Mas se ele alia-se ao mais retrogado politico do Estado, Marcos Rogerio, em hipotese alguma voltaria confiar em Daniel, em quem votei no passado para estadual e a vice de Confucio.

  • 2
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    Jacir 15/01/2020

    Ninguém merece este QUARTETO DE INCOMPETENTES, MUDA RONDONIA ACORDA

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    João de Deus 15/01/2020

    Comissionado da ALE puxando saco do chefe. Tudo como dantes...

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