O perigo do 'já ganhou'

Não são poucos os exemplos de candidatos que, no primeiro momento, desfrutavam de vantagens extraordinárias sobre seus competidores e terminaram perdendo a eleição

Fonte: Valdemir Caldas - Publicada em 22 de julho de 2024 às 14:39

O perigo do 'já ganhou'

Na recente pesquisa eleitoral para a prefeitura de Porto Velho, a ex-deputada federal Mariana Carvalho aparece na frente com quarenta por cento das intenções de voto, praticamente o dobro do percentual alcançado pelo segundo colocado, o ex-deputado federal Léo Moraes. Por conta disso, muita gente acha que a vitória de Mariana está no papo. É claro que, até o fechamento das urnas eletrônicas, muita água vai correr debaixo da ponte. As pré-candidaturas ainda mal engatinham e o mais poderoso instrumento de campanha – o horário eleitoral na televisão – ainda não foi acionado. As pesquisas realizadas até agora ainda apresentam números insatisfatórios, resultados relativos e frágeis.

Por isso, não convém cantar vitória antes de o juiz apitar o final da partida. Não são poucos os exemplos de candidatos que, no primeiro momento, desfrutavam de vantagens extraordinárias sobre seus competidores e terminaram perdendo a eleição. Candidato à prefeitura de São Paulo, em 1985, Fernando Henrique Cardoso sentou-se na cadeira do então prefeito Mário Covas, a quem pretendia suceder, e perdeu a eleição para Jânio Quadros. Independente do começo alvissareiro de suas campanhas, Lula perdeu três eleições para a presidência da República.

Entretanto, a reflexão em causa não serve como regra absoluta, diante da regra elementar de que cada eleição é uma eleição. Contudo, é possível que ocorra o naturalmente esperado, ou seja, que ganhe aquele candidato que desde cedo apareça como líder nas preferências eleitorais, dependendo das circunstâncias e dos eventos típicos da competição. Mariana tem o apoio do prefeito de Porto Velho, Dr. Hildon Chaves, que desfruta de extraordinária aceitação popular. O governador Marcos Rocha anda calado, ainda não disse de que lado vai ficar no rinque. Tanto Mariana Carvalho quanto Léo Moraes têm chances efetivas e qualquer um dos competidores poderá cruzar a linha de chegada, mas ainda é muito cedo para entoar o canto do “já ganhou”.

O perigo do 'já ganhou'

Não são poucos os exemplos de candidatos que, no primeiro momento, desfrutavam de vantagens extraordinárias sobre seus competidores e terminaram perdendo a eleição

Valdemir Caldas
Publicada em 22 de julho de 2024 às 14:39
O perigo do 'já ganhou'

Na recente pesquisa eleitoral para a prefeitura de Porto Velho, a ex-deputada federal Mariana Carvalho aparece na frente com quarenta por cento das intenções de voto, praticamente o dobro do percentual alcançado pelo segundo colocado, o ex-deputado federal Léo Moraes. Por conta disso, muita gente acha que a vitória de Mariana está no papo. É claro que, até o fechamento das urnas eletrônicas, muita água vai correr debaixo da ponte. As pré-candidaturas ainda mal engatinham e o mais poderoso instrumento de campanha – o horário eleitoral na televisão – ainda não foi acionado. As pesquisas realizadas até agora ainda apresentam números insatisfatórios, resultados relativos e frágeis.

Por isso, não convém cantar vitória antes de o juiz apitar o final da partida. Não são poucos os exemplos de candidatos que, no primeiro momento, desfrutavam de vantagens extraordinárias sobre seus competidores e terminaram perdendo a eleição. Candidato à prefeitura de São Paulo, em 1985, Fernando Henrique Cardoso sentou-se na cadeira do então prefeito Mário Covas, a quem pretendia suceder, e perdeu a eleição para Jânio Quadros. Independente do começo alvissareiro de suas campanhas, Lula perdeu três eleições para a presidência da República.

Entretanto, a reflexão em causa não serve como regra absoluta, diante da regra elementar de que cada eleição é uma eleição. Contudo, é possível que ocorra o naturalmente esperado, ou seja, que ganhe aquele candidato que desde cedo apareça como líder nas preferências eleitorais, dependendo das circunstâncias e dos eventos típicos da competição. Mariana tem o apoio do prefeito de Porto Velho, Dr. Hildon Chaves, que desfruta de extraordinária aceitação popular. O governador Marcos Rocha anda calado, ainda não disse de que lado vai ficar no rinque. Tanto Mariana Carvalho quanto Léo Moraes têm chances efetivas e qualquer um dos competidores poderá cruzar a linha de chegada, mas ainda é muito cedo para entoar o canto do “já ganhou”.

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