O PM foi punido. Mas o Estado também tem culpa!
Os servidores da segurança pública que estão nas ruas ou nos presídios, enfrentando as mais diversas situações de conflitos e riscos, absorvendo altas cargas de tensão, somadas, muitas vezes, às crises e problemas pessoais, não contam com uma assistência ideal
Dois policiais fardados, em espaço público, numa região de comércio no centro de São Paulo, com grande fluxo de pessoas. De repente, um aponta a arma para o colega de farda, as pessoas se aglomeram ao redor e começam a filmar, e logo as imagens da cena se espalham na internet e ganham destaque nos noticiários nacionais.
RESULTADO
O PM foi preso, autuado em flagrante por ameaça e violência contra superior qualificada pelo uso de arma de fogo. Ele foi levado ao Presídio Militar Romão Gomes, na zona Norte de São Paulo.
NOTA DA PM
“A atitude viola frontalmente os valores fundamentais da Instituição, especialmente a disciplina, a hierarquia, o profissionalismo, a honra e a dignidade humana, exigindo assim punições severas, na medida de sua gravidade”, afirma trecho do comunicado.
EU QUESTIONO
Ao sentenciar na nota que a atitude de seu servidor exige “punições severas”, o Estado age conforme o protocolo, e também se desvencilha muito bem de suas responsabilidades! E ao declarar que a atitude do PM “viola frontalmente os valores fundamentais da Instituição, especialmente a disciplina, a hierarquia, o profissionalismo, a honra e a dignidade humana”, confirma que seu interesse maior pela manutenção e zelo da imagem institucional está acima de quem o serve.
Condenar o culpado é muito fácil! Antes, a sociedade já fez isso, motivada apenas pelo que viu - o que os olhos podem ver. Difícil é questionar as razões que levaram o servidor a uma atitude tão extrema e dissonante aos “valores fundamentais da Instituição" e contrária à sua formação na academia”, pois questionar exige pensar, exige assumir responsabilidades, exige honestidade e justiça.
As perguntas que faço são: o que motivou esse PM a uma atitude absurda dessa contra seu superior? O que houve nos episódios anteriores à cena? Alguém teve acesso à defesa do PM? Qual é a condição psicológica desse PM? Quem é o homem por baixo da farda? Ele foi submetido a alguma recente avaliação? Claro que não!
Os servidores da segurança pública que estão nas ruas ou nos presídios, enfrentando as mais diversas situações de conflitos e riscos, absorvendo altas cargas de tensão, somadas, muitas vezes, às crises e problemas pessoais, não contam com uma assistência ideal. Não existe no Brasil um cronograma ideal de avaliação periódica da saúde mental desses servidores. Não se admirem em saber que muitos policiais se tornaram alcoólatras ou viciados em drogas por terem recorrido à tais válvulas de escape para amenizar suas tensões. Muitos ainda estão com sintomas de depressão. PRECISAM DE AJUDA!!!
Sim, o PM cometeu infrações graves. Mas o Estado também tem culpa nessa história.
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