O problema do lixo

O problema do recolhimento e descarte adequado do lixo em Porto Velho parece ser crônico

Por Valdemir Caldas
Publicada em 31 de março de 2020 às 13:54
O problema do lixo

O problema do recolhimento e descarte adequado do lixo em Porto Velho parece ser crônico. Entra prefeito, sai prefeito, e a coisa não anda. Pelo contrário, retrocede. Muitas reuniões e audiências públicas já foram realizadas para falar sobre o assunto, mas, de concreto, nada. A construção de um aterro sanitário vem-se arrastando desde 2004. Em fevereiro do ano passado, o prefeito Hildon Chaves se reuniu com sua equipe e representantes do consórcio Santo Antônio Energia. Na pauta, a construção de um aterro emergencial, que até hoje não saiu do papel.

Enquanto ninguém faz absolutamente nada para solucionar o problema, montanhas de lixos e detritos vão se acumulando pelas vias públicas, jogados, em sua maioria, por marmanjos, que, por completa ignorância, descaso ou mesmo por índole perversa, não pensam duas vezes em danificar o meio ambiente. E aí, quando vem à enxurrada, como a que aconteceu na noite de sexta-feira, a população sofre as consequências. Com os bueiros entupidos com garrafas e copos de plásticos de qualquer tamanho, além de papeis de toda a espécie, a água invade as casas, causando não somente prejuízos materiais como também colocando em risco a saúde das pessoas.

Há quem defenda uma grande campanha de esclarecimento à população. Particularmente, não sei se esse seria o caminho mais viável. Tem gente que é incapaz de medir a dimensão do erro que comete. Por isso, não está nem ai em colaborar com a limpeza da cidade. É muito comum ver lixo acumulado em frente às casas ou mesmo defronte aos comércios, como se varrer uma calçada fosse uma coisa deprimente. Muitas pessoas não se preocupam em limpar porque simplesmente acham que a responsabilidade é da prefeitura, esquecendo-se de que todos nós, cidadãos, temos a obrigação de fazer a nossa parte.

O poder público precisa agir com rigor contra os sujismundos que emporcalham as ruas da cidade de maneira irresponsável, não importando o motivo, advertindo-os, e, num segundo aviso, aplicando-lhes multas progressivas. É provável que, em algum momento, a situação mude com resultados compensadores. 

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