Ocupação de leitos de operadoras de saúde para covid-19 bate recorde
Em março 80% das vagas estavam ocupadas
A taxa de ocupação de leitos para covid-19 em hospitais de operadoras de planos de saúde com rede própria atingiu em março o maior percentual desde o início da pandemia, com 80% das vagas ocupadas. O dado faz parte do Boletim Covid-19 da Agencia Nacional de Saúde Suplementar (ANS), divulgado ontem (22) com dados do mês passado.
O recorde de ocupação registrado em março foi o terceiro seguido, já que as maiores taxas anteriores eram de fevereiro (73%) e janeiro (66%). A ANS observa que o aumento da ocupação foi mais intenso nas UTIs e que a alta acompanha o aumento de casos e o surgimento de novas variantes do coronavírus no Brasil.
Com a taxa de 80% registrada em março, a ocupação dos leitos de covid-19 superou a ocupação dos leitos para os demais procedimentos (73%) pela primeira vez desde o início da pandemia. Em maio e dezembro de 2020, as duas taxas ficaram bem próximas, porém a dos demais procedimentos ainda foi um ponto percentual maior.
Com dados que vão do início da pandemia até janeiro de 2021, o boletim mostra que o maior número de exames RT-PCR para a detecção da covid-19 foi registrado em dezembro de 2020, quando 690.330 exames foram realizados na saúde suplementar.
Reclamações
A ANS informou também que recebeu 15.236 reclamações de beneficiários no mês passado, o que representa um aumento de 26,1% em relação a fevereiro.
Entre as queixas registradas, 1.525 tinham relação com o novo coronavírus. Pouco mais da metade (51%) dessas reclamações eram a respeito de dificuldades de realizar exames e tratamentos para covid-19, enquanto 34% se referiam a outras assistências afetadas pela pandemia.
O balanço mostra que o número de beneficiários de planos de saúde chegou em março de 2021 ao maior patamar desde setembro de 2016, com 48.037.472 pessoas cobertas. O número apresenta tendência de crescimento desde julho do ano passado, e supera o registrado em fevereiro em 0,42%.
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