Oficiais de Justiça alertam risco de exposição da população em Lei aprovada pelos deputados estaduais

"Intimação judicial não é delivery". Associação dos Oficiais de Justiça do Estado de Rondônia afirma que Projeto de Lei Complementar 83/2020 precariza a comunicação de atos processuais

Fonte: Assessoria - Publicada em 28 de março de 2024 às 13:37

Oficiais de Justiça alertam risco de exposição da população em Lei aprovada pelos deputados estaduais

A Assembleia Legislativa de Rondônia aprovou, no último dia 26 de março, a retirada da realização das intimações judiciais dos Oficiais de Justiça. Essa ação foi aprovada por meio do Projeto de Lei Complementar 83/2020, em votação unânime pelos deputados estaduais presentes na sessão.

Essa lei já havia sido considerada inconstitucional no ano de 2020, mas a pauta foi votada novamente, de forma surpreendente na última terça-feira (26). O PL 83/2020 foi colocado em votação e em poucos minutos foi aprovado, sem qualquer discussão prévia.

Com esse Projeto de Lei Complementar,  as intimações podem ser realizadas pelos cartórios extrajudiciais. Ao repassar para a iniciativa privada, os serviços podem ser terceirizados para autônomos sem qualquer formação na área.

Como resposta, a Associação dos Oficiais de Justiça do Estado de Rondônia (AOJUS-RO) lançou a campanha "Intimação judicial não é delivery", para mostrar que a Lei Complementar abre precedente para que processos sigilosos e de conteúdos íntimos nas esferas cível, criminal, família e juizados especiais poderão ser realizados por profissionais sem preparo.

Na prática, a AOJUS-RO explica que os poucos donos de cartório existentes em Rondônia não conseguirão cumprir pessoalmente os mandados judiciais, sendo levados a contratar um serviço terceirizado, sem compromisso, sem a imparcialidade e sem a fé pública dos Oficiais de Justiça.

"Seu processo sigiloso não pode estar na mão de qualquer um. A sociedade confia nos oficiais de justiça", afirmou a AOJUS-RO.

A AOJUS-RO afirma que, além de todos os argumentos já mencionados, é ilegal "ressuscitar" um Projeto de Lei já considerado inconstitucional pela própria Assembleia Legislativa de Rondônia.

Oficiais de Justiça alertam risco de exposição da população em Lei aprovada pelos deputados estaduais

"Intimação judicial não é delivery". Associação dos Oficiais de Justiça do Estado de Rondônia afirma que Projeto de Lei Complementar 83/2020 precariza a comunicação de atos processuais

Assessoria
Publicada em 28 de março de 2024 às 13:37
Oficiais de Justiça alertam risco de exposição da população em Lei aprovada pelos deputados estaduais

A Assembleia Legislativa de Rondônia aprovou, no último dia 26 de março, a retirada da realização das intimações judiciais dos Oficiais de Justiça. Essa ação foi aprovada por meio do Projeto de Lei Complementar 83/2020, em votação unânime pelos deputados estaduais presentes na sessão.

Essa lei já havia sido considerada inconstitucional no ano de 2020, mas a pauta foi votada novamente, de forma surpreendente na última terça-feira (26). O PL 83/2020 foi colocado em votação e em poucos minutos foi aprovado, sem qualquer discussão prévia.

Com esse Projeto de Lei Complementar,  as intimações podem ser realizadas pelos cartórios extrajudiciais. Ao repassar para a iniciativa privada, os serviços podem ser terceirizados para autônomos sem qualquer formação na área.

Como resposta, a Associação dos Oficiais de Justiça do Estado de Rondônia (AOJUS-RO) lançou a campanha "Intimação judicial não é delivery", para mostrar que a Lei Complementar abre precedente para que processos sigilosos e de conteúdos íntimos nas esferas cível, criminal, família e juizados especiais poderão ser realizados por profissionais sem preparo.

Na prática, a AOJUS-RO explica que os poucos donos de cartório existentes em Rondônia não conseguirão cumprir pessoalmente os mandados judiciais, sendo levados a contratar um serviço terceirizado, sem compromisso, sem a imparcialidade e sem a fé pública dos Oficiais de Justiça.

"Seu processo sigiloso não pode estar na mão de qualquer um. A sociedade confia nos oficiais de justiça", afirmou a AOJUS-RO.

A AOJUS-RO afirma que, além de todos os argumentos já mencionados, é ilegal "ressuscitar" um Projeto de Lei já considerado inconstitucional pela própria Assembleia Legislativa de Rondônia.

Comentários

  • 1
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    Amadeus Hastenteufel 01/04/2024

    Comentarista Robson Crosue: Antes de você se meter a comentarista, deveria matricular-se numa escola de alfabetização para adultos. Lá você poderá aprender a usar letra maiúscula, pontuação e formação de frases. Sua capacidade redacional é uma vergonha!!!

  • 2
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    Eduardo 30/03/2024

    Quem tem experiência com processos sabe que, o oficial de justiça, em grande maneira, só atrapalha o andamento do processo.

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