Operação Escuridão combate desvio de recursos públicos em Roraima

A PF cumpre 11 mandados de prisão preventiva e 20 mandados de busca e apreensão, no município de Boa Vista/RR e em Brasília/DF.

Polícia Federal em Roraima
Publicada em 29 de novembro de 2018 às 10:51
Operação Escuridão combate desvio de recursos públicos em Roraima

A Polícia Federal deflagrou hoje (29/11), com apoio do Ministério Público de Roraima, a Operação *Escuridão, que tem o objetivo de desarticular organização criminosa envolvida em desvios de recursos públicos do sistema penitenciário de Roraima, com faturamento próximo à R$ 70 milhões, entre 2015 e 2018.

A PF cumpre 11 mandados de prisão preventiva e 20 mandados de busca e apreensão, no município de Boa Vista/RR e em Brasília/DF. Os mandados foram expedidos pelo Tribunal de Justiça do Estado de Roraima, após representação da Autoridade Policial pelas medidas.

O inquérito policial foi instaurado em 2017, após investigações apurarem informações de supostas irregularidades em contratos de fornecimento de alimentação para presídios em Roraima. O esquema teve início no começo de 2015, com a contratação emergencial de uma empresa constituída há apenas 8 dias para cuidar da alimentação dos presos no estado.  O esquema contava com a participação de agentes públicos e políticos, os quais também são alvos das medidas que estão sendo cumpridas.

As investigações mostram que a empresa, responsável pelos fornecimentos desde 26/02/2015 até a presente data, superfaturava o valor da alimentação, além de informar quantitativo superior de refeições ao que era efetivamente providenciado e de fornecer alimentos de baixa qualidade.

Os responsáveis pela empresa, que está em nome de laranjas, realizaram saques de aproximadamente 30% do valor dos contratos, em espécie, para o pagamento de propinas e para o enriquecimento ilícito dos reais proprietários do negócio. Vários saques e repasses foram constatados pela PF através de filmagens feitas durante as investigações, a qual contou também com provas obtidas após representação da Autoridade Policial pela quebra do sigilo bancário e telefônico dos investigados.

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