Oposição reage contra portaria do MEC sobre aulas presenciais em universidades
Portaria determinava retorno do ensino presencial a partir de 21 de janeiro. Após polêmica, ministro da Educação anunciou a revogação da medida
Deputados criticam volta às aulas presenciais sem investimentos nas estruturas e sem vacina
Parlamentares de partidos de oposição reagiram contra a portaria do Ministério da Educação que determina a volta das aulas presenciais nas universidades federais a partir de janeiro. A portaria é objeto de cinco projetos de decreto legislativo com o objetivo de sustar a norma, que acabou revogada nesta quarta-feira (2) após a repercussão negativa.
Para a deputada Alice Portugal (PCdoB-BA), o retorno ao ensino presencial deveria ser precedido de investimentos na estrutura das universidades, o que não ocorreu. “Estamos diante de uma nova portaria ministerial que impõe a volta das aulas nas universidades federais no dia 21 de janeiro de 2021, sem que a vacina tenha chegado, sem que as universidades tenham tido recursos para se adequarem à nova etiqueta respiratória, à nova etiqueta sanitária, porque só houve cortes, em uma ação absolutamente desorganizada dos ministros de plantão”, criticou.
Portugal assina junto com a deputada Maria do Rosário (PT-RS) o Projeto de Decreto Legislativo 499/20, que busca cancelar a norma. O Psol também se mobilizou e apresentou o Projeto de Decreto Legislativo 504/20, assinado pela deputada Sâmia Bomfim (Psol-SP) e outros nove deputados da bancada.
A derrubada da portaria do MEC também é objeto do PDL 501/20, do deputado Tulio Gadelha (PDT-PE); do PDL 502/20, da deputada Joenia Wapichana (Rede-RR); e do PDL 505/20, do deputado André Figueiredo (PDT-CE).
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