Outra ponte escura e inútil
Sua inutilidade é visível e tomara que não sirva só para aumentar o número de suicídios
O dia 7 de maio de 2021 entrará para a tosca História do Acre, o nosso charmoso e belo Estado vizinho. A partir desta data, finalmente os acrianos se ligarão por terra ao restante do país, fato que esperavam desde 1904 quando o Brasil teve a infeliz ideia de tomar dos bolivianos o insólito lugar. O fato triste é que para isso, terão que se ligar primeiro a Rondônia, outro Estado também sem nenhuma importância ou futuro na realidade do Brasil. O “Bozo”, o bizarro presidente, falando suas asneiras de sempre, esteve presente às solenidades lá na distante vila do Abunã, o sovaco do Brasil. Como a ponte de Porto Velho, a que liga o nada a coisa alguma, essa do Abunã é igualmente escura feito breu, embora tenha custado aos contribuintes quase 200 milhões de reais. Sua inutilidade é visível e tomara que não sirva só para aumentar o número de suicídios.
Fazer pontes grandes, caras e inservíveis é uma constante aqui na Amazônia. Nossos políticos se esbaldam com essa prática. Em Manaus no Amazonas, por exemplo, gastaram um bilhão e trezentos milhões de reais para ligar a capital amazonense à simpática vilazinha do Cacau Pirera em vez de terem usado toda essa dinheirama para tirar o povo de Manaus do eterno isolamento. Depois muitas pessoas ficam dizendo que a BR-319 será a redenção do Amazonas, pois ligará o Estado ao restante do país. Se os manauaras quisessem mesmo se ligar por terra ao Brasil teriam feito a sua ponte na direção da estrada que já existia e não para ligar sua capital ao nada. Porto Velho já tem a sua ponte, antes também escura, que para nada serve até hoje. Nem o preço da farinha de mandioca, comida típica dos beiradeiros, a engenhoca inútil e cara conseguiu baixar.
Essa ponte do Abunã, inaugurada com toda a pompa e gala pelo falastrão presidente Bolsonaro, é também totalmente desnecessária na já ordinária realidade do país. Nada vai mudar para ninguém a existência daquele estorvo ou a ligação por terra entre esses dois Estados longínquos, atrasados e distantes. Além de não existir nenhuma civilização nas proximidades, exceto as perdidas e remotas vilazinhas de Abunã e de Vista Alegre do Abunã, os recursos gastos com o trambolho não serão tão cedo recompensados aos combalidos cofres públicos nacionais. Juntando-se Rondônia e Acre, toda a riqueza produzida pelos dois Estados sequer chega a um por cento do PIB brasileiro. A população das duas unidades da Federação mal ultrapassa os 2,5 milhões de habitantes. Isso não é nem a metade da população da grande Fortaleza lá no Ceará.
O bolsonarista governador de Rondônia, coronel Marcos Rocha, que também estava na festa de inauguração da inútil e escura ponte do Abunã, devia se envergonhar de o Estado que ele governa não ter uma universidade estadual. Já o prefeito de Porto Velho igualmente deveria lamentar o fato de administrar a capital mais suja e imunda do país. A “cidade das pontes” não tem sequer um hospital de pronto socorro decente e durante esta pandemia do Coronavírus conta com mais de dois mil mortos. Enquanto isso, essa já é a segunda ponte de uma cidade que não tem nenhuma mobilidade urbana, saneamento básico, arborização nem água tratada. Em vez de pontes sem serventia, que em nada vão melhorar as nossas vidas, as autoridades daqui deveriam comprar vacinas de verdade para compensar os mentirosos pedidos de 1,4 milhão de doses que eles nos prometeram e não cumpriram. Será que vão construir uma terceira ponte em Rondônia?
*Foi Professor em Porto Velho.
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Comentários
comentário ridículo e desrespeitosos com os rondonienses que com certeza estão felizes por saírem das mãos dos que assaltam os bolsos dos menos favorecidos. e se a ponte fica escura, seu ignorante, saiba que a culpa não é dos governantes que até colocam fiações e lampadas...contudo, os ....retiram para seus prazeres. Então, vá para CHINA com discurso de ódio constante, com seu recalque incurável...quem sabe lá no meio dos comunistas você deixa de ser ex professor.
E vei de fora fazer concurso em Rondônia
Ainda bem que foi professor, por que se fosse ainda seria uma péssima influência aos alunos. Qual seu problema? Vai ser pessimista bem longe de Rondônia. Tenho certeza que não é rondoniense e se tiver morando por aqui, por favor, volta para o buraco de onde você veio que deve ser os quintos...
Seu comentário é muito infeliz e esquerdista. Vai passar na estrada 4 vezes ao mês e ter de pagar balsa pra atravessar que também era de um outro político que você não mencionou. As pontes são de suma importância na vida da população e a de Porto Velho também. Eles pelo menos estão fazendo pontes e você tem feito o que não vida para ligar o nada a porcaria alguma.
Dizer que a ponte é inútil é de uma imbecilidade sem tamanho. Ou parte de alguém totalmente alienado à realidade econômica dos dois estados, ou mostra o viés politiqueiro de quem quer chamar as atenções para si. Tá certo que as críticas relativas à infraestrutura que fez o "professor" são verdadeiras, mas recomendo que o docente volte à sala de aula, dessa vez como aluno, para ver se aprende algo mais sobre os estados de Rondônia e do Acre, começando pelo respeito para com as populações das duas unidades da federação.
vão construir a terceira ponte ligando a paraiba a Rondonia sua terra natal de onde vc nunca deveria ter vindo matar a fome na fétida Rondônia
Peço ao Tudorondonia, que não permita que a Xenofobia desse cidadão em seu site, seja perpetuada e que não haja mais espaços em suas publicações.
Sem noção! Nazareno você está pensando pelo intestino!
O articulista aí é campeão em falar asneira, de tão irrelevantes essas asneiras que dispensam maiores ilações. Não vale a pena
Uma ótima idéia pseudo professor, já que as pontes só servem para suicídio, porque o nobre escritor de retardadas palavras não aproveita a oportunidade e torna-se o primeiro a cometer o suicídio? A população de Rondônia que tanto é humilhada em seus medíocres textos, não aproveita e coloca uma placa na ponte, aqui se suicidou um idiota.
Como chamar um verme desse de professor, vc chega ser patético com seus comentários Nazareno,me admira um jornal ceder espaço pra tanta besteira que esse verme fala, tenha pena das nossas crianças ter que chamar um cidadão desse naipe de professor.
Como chamar um verme desse de professor, vc chega ser patético com seus comentários Nazareno,me admira um jornal ceder espaço pra tanta besteira que esse verme fala, tenha pena das nossas crianças ter que chamar um cidadão desse naipe de professor.
Sim, caro professor! Aposto em mais uma; dessa vez sobre o rio Mamoré ligando a cidade de Guajará-Mirim a Guayarámerim. Nosso lema: governar é fazer pontes, mesmo que seja pra ligar o nada a lugar nenhum.
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