Padovani volta à agricultura com a missão de fazer agronegócio rondoniense crescer ainda mais

Só para lembrar, foi ele e sua equipe que transformaram a Rondônia Rural Show, uma iniciativa de Confúcio Moura, num dos maiores eventos do agronegócio da região norte.

Sergio Pires
Publicada em 27 de dezembro de 2018 às 08:55
Padovani volta à agricultura com a missão de fazer agronegócio rondoniense crescer ainda mais

Ao oficializar o nome de Evandro Padovani como titular da secretaria da Agricultura, o governador eleito abriu exceção, para manter, ao seu lado, um único nome da antiga administração. Padovani, que era do MDB e passou para o PSL, se credenciou a permanecer no posto, quando o partido ganhou a eleição em Rondônia. Marcos Rocha tem tripla vantagem com a indicação. A primeira delas é porque o homem de Vilhena é, sem dúvida, um dos mais credenciados do Estado para comandar essa área vital. A outra é que, ao confirmar Padovani, Rocha se aproxima e tranquiliza o setor produtivo, que é responsável, hoje, pela maioria do PIB rondoniense, onde o agora reconvocado secretário tem grande aceitação. O terceiro viés dessa história é político. Enfrentando algumas dificuldades com parceiros de partido, como o empresário e grande produtor rural Jaime Bagatolli, o Governador o atende, aceitando a indicação que tem o apoio e a assinatura pessoal do mega produtor, que, concorrente ao Senado, somou mais de 212 mil votos. A verdade é que a confirmação, feita nesta quarta, amenizou uma situação que poderia causar mal entendidos e confusão internamente, antes mesmo do novo governo começar. Por fim, destaque-se que Rocha vai começar a ampliar a presença de representantes do seu governo do interior, também atendendo parte da sua turma que anda reclamando de muita gente da Capital nas áreas vitais da sua futura administração. Ou seja: o Governador, mesmo ainda recém tomando pé de tudo o que terá que enfrentar a partir da próxima terça, quando assume, já começa a mostrar jogo de cintura também para os embates e com as armadilhas da política, com o que não estava habituado.

Padovani conversou com o colunista, logo depois de confirmado no cargo, por uma publicação de Marcos Rocha nas redes sociais. Mostrou entusiasmo e falou que tem muitos planos para dar continuidade a um trabalho que realizou, com resultados de grande sucesso. Só para lembrar, foi ele e sua equipe que  transformaram a Rondônia Rural Show, uma iniciativa de Confúcio Moura, num dos maiores eventos do agronegócio da região norte. Foi também no mandato de Padovani que a produção de soja no Estado deu um salto. Em 2016 chegamos a 1 milhão  e 100 mil toneladas. Vamos fechar 2017 com  1 milhão e 400 mil e certamente teremos novo e significativo crescimento em 2019. O setor pecuário se expande, com nosso rebanho batendo as 13 milhões de cabeças. Estamos indo bem nessa área e, se ninguém nos atrapalhar, podemos ir ainda mais longe. O agronegócio pode, de novo, nos salvar. Com Padovani, está em boas mãos, novamente!

O BOM SENSO NO MEIO AMBIENTE

O que mais pode prejudicar nossa produção agropecuária e a expansão do nosso agronegócio? Há enormes dificuldades pela frente, desde os custos da produção até o escoamento, onde ainda temos graves deficiências. Mas o maior de todos os problemas, o que entrava mesmo um salto do agronegócio rondoniense, são as questões ambientais. Com tantas áreas de proteção (só no final do governo de Confúcio Moura, foram criadas mais onze); com uma legislação que engessa a maioria dos setores produtivos; com aberrações como a que acontece em Guajará Mirim, onde 92 por cento da área do município é considerada intocada, ou se muda algumas coisas no meio ambiente ou não se fala em desenvolvimento. Padovani sabe disso e foi claro ao comentar que precisamos sim proteger o ambiente, mas sem a paranoia que comanda toda a estrutura do setor atualmente. Novas leis, adaptações, cuidados e bom senso devem guiar essa área nevrálgica. Padovani sabe o que diz e trabalhará em parceria com os órgãos ambientais, mas garante que a meta é fazer Rondônia crescer ainda mais. “Vamos muito mais longe no agronegócio”, avisa.

ONDE COLOCAR TANTOS DOENTES?

Ele é jovem, cara de menino. Mas é um dos médicos mais talentosos de Rondônia. E agora está correndo para lá e para cá, com os olhos roxos, porque não consegue dormir direito há vários dias. Está, mesmo antes de assumir o maior desafio da sua vida, até agora, numa busca desesperada por soluções imediatas para a saúde pública. Fernando Máximo, o novo secretário do setor, recém nomeado pelo governador Marcos Rocha, tem um pacote inacreditável de obstáculos pela frente. Terá que encontrar soluções rápidas. Primeiro, para o João Paulo II, que com seus 140 leitos está, hoje, com 280 pacientes, muitos dos quais no sol e na chuva, porque nas áreas internas nem com milagre se consegue vaga. Ao mesmo tempo, tenta encontrar, na equação do impossível, como resolver o problema da falta de leitos, já  que os comprados pelo Estado estão todos tomados: 100 nas Irmãs Marcelinas; 33 no Panamericano; outros 36 numa extensão improvisada no Joao Paulo II na zona sul, conhecido como AMI – Assistência Médica Intensiva -  e, mais ainda, manter o atendimento médico domiciliar de 270 pacientes, através do programa SAMD. Uma dificuldade maior que a outra...

BOLSONARO E O DINHEIRO DO HEURO

Tem  coisa pior? Tem sim. Toda essa estrutura próxima a entrar em colapso está afetando o Hospital de Base, que precisa abrigar cada vez mais doentes e que já não dá conta, inclusive de cumprir seu calendário de cirurgias. Agora, a opção é procurar novos locais para atendimento dos pacientes. Chegou a ser pensada como alternativa o aluguel do antigo prédio do Hotel Vila Rica. Seria possível, se o local tivesse um mínimo de estrutura para servir como hospital. Seus elevadores não comportam macas; todas as portas dos apartamentos teriam que ser derrubadas e ampliadas; uma série de adaptações teria que ser feita. Sem chance. A batalha ainda se direciona para o Hospital de Urgência e Emergência de Porto Velho, o Heuro, projetado por  Confúcio Moura, mas que nunca saiu do papel. Pior de tudo, os mais de 70 milhões de reais que estavam a disposição para  obra, voltaram aos cofres da União. E agora já são 85 milhões, os recursos necessários para a obra. É esse dinheiro que Marcos Rocha e seu secretário de saúde vão pedir ao ministro da saúde, Luiz Henrique Mandetta e ao presidente Jair Bolsonaro, na primeira semana de janeiro. Enfim, Fernando Máximo assume uma missão perto do impossível. Se conseguir cumpri-la, poderá, ao menos por algum tempo, ter uma ou outra noite de sono normal. Porque, agora, antes mesmo de assumir, ele não sabe o que é dormir direito desde que entrou para a equipe de transição de Rocha...

NA ALE, A MESA DIRETORA É A PAUTA

Pelos lados da Assembleia Legislativa, o recesso não impede que as conversações sobre a formação da nova Mesa Diretora continuem ocorrendo, todos os dias, em todos os lugares onde se encontram dois ou mais deputados. Há ainda dois grupos bem distintos, um liderado pelo deputado Lebrão e com apoio de parte importante dos parlamentares; outro com Jean Oliveira e Alex Redano, com apoio de nomes importantes, como o do deputado Laerte Gomes. Conversa e conversa é o que faz a política ser o que é. E conversando é que os grupos se fortalecem, se digladiam e até, no final das contas, acabam fechando acordos. Não será surpresa se, lá na frente, os dois lados acabarem chegando a um denominador sobre a Presidência e os principais cargos. Por enquanto, contudo, o assunto fervilha nos bastidores. Os novos deputados terão papel importante na disputa, já que representam metade dos votos. E não se pode negar que o futuro governador, Marcos Rocha, poderá também ter  influência na eleição, na medida em que muitos parlamentares, ao menos no início da legislatura, vão se postar como aliados do novo governo. Enfim, muita água ainda vai rolar embaixo da ponte. A luta pelo comando do Legislativo continua intensa, mas será decidida mesmo na 25ª hora, quando o 1º de fevereiro marcar a primeira reunião na nova legislatura.

VIOLÊNCIA ATÉ NO NATAL!

Beleza de Natal! Mais de 50 ocorrências só na Central de Polícia, na Capital. Pelo menos três assassinatos em Porto Velho e interior e outras cinco tentativas de assassinato. Nada menos do que 48 motoristas pegos dirigindo embriagados, pelas blitz da Lei Seca. Foram 20 casos de agressões, algumas delas com extrema violência, em brigas de bêbados. Nesse pacote não estão incluídos os acidentes de trânsito, quase  duas dezenas no Estado, também com mortes; o caso de uma quadrilha que tentou explodir caixas eletrônicos do banco do Brasil e, ainda, ocorrências dos distritos mais distantes.  É impressionante o que acontece nesse país da extrema violência. Nem em datas como Natal, em que os sentimentos de amor e solidariedade deveriam estar em alta, conseguimos diminuir os índices de criminalidade e o número de ocorrências policiais. Aliás, no país todo os números foram assustadores. Só o trânsito matou 89 brasileiros, em diferentes cidades do país. Onde vamos parar?  O que está acontecendo conosco?

UMA LEI PARA QUEM REALMENTE PRECISA

Tem que haver cuidado para não se cometer injustiças e nem impedir que uma lei boa, que pode ajudar muita gente, possa ser cortada dos projetos culturais do país. O presidente eleito Jair Bolsonaro voltou a dizer que seu governo fará rígido controle da utilização de incentivos fiscais da Lei Rouanet, mas como não separou o joio do trigo, das suas declarações, fica a preocupação de que, por causa de alguns, todos sejam prejudicados. Espera-se, é claro, que Bolsonaro tenha se referido ao rígido controle de dinheiro para os grandes artistas, principalmente aos ligados à Rede Globo, que recebem milhões e milhões de reais em incentivos da Rouanet e ainda cobram ingresso por seus espetáculos, o que deveria ser proibido. Certamente o Presidente eleito se referia a mordomias como patrocínios de shows, livros e CDs de artistas que ficaram ainda mais ricos, durante os governos do PT, recebendo fortunas de incentivos fiscais para projetos pífios, que só enchiam os bolsos deles, os amiguinhos do poder e que, claro, odeiam a ideia de terem o novo governo cortando essas vantagens. Tomara que Bolsonaro não tenha falado em cortar incentivos de artistas em início de carreira; de novos escritores; de pintores que querem uma chance de exporem seus quadros, mas nunca as tem, porque as empresas querem é patrocinar as estrelas, não os novatos. A Lei Rouanet é ótima, se bem utilizada. Tem que controlar é quem recebe os benefícios dela e priorizar quem realmente precisa. E os esquerdistas que querem mudar o mundo, mas com o dinheiro dos outros em seus bolsos, que vão trabalhar...

PERGUNTINHA

Você acredita que algum dia, com tanta gente dando pitaco e trabalhando para atrapalhar, ainda vamos ver, finalmente concluído, o Hospital de Urgência e Emergência, o Heuro de Porto Velho?

BLOG: https://www.facebook.com/opiniaodeprimeira?fref=ts

Comentários

    Seja o primeiro a comentar

Envie seu Comentário

 
NetBet

Envie Comentários utilizando sua conta do Facebook