“Participação da mulher na política deve ser equitativa e assegurar diversidade”, destaca PFDC

Deborah Duprat participou do lançamento de estudo da ONU sobre igualdade de gênero nos espaços legislativos

MPF
Publicada em 15 de setembro de 2018 às 10:35
“Participação da mulher na política deve ser equitativa e assegurar diversidade”, destaca PFDC

À direita, falando ao microfone, a procuradora federal dos Direitos do Cidadão, Deborah Duprat, e, a seu lado: Nadine Gasman, representante do Escritório da ONU Mulheres no Brasil.Foto: PFDC

A participação das mulheres na política e o interesse da sociedade brasileira por políticas públicas nas áreas de educação, saúde, segurança pública e transporte público são temas do estudo lançado ontem(14), na sede da Organização das Nações Unidas em Brasília (DF), e que contou com a participação da procuradora federal dos Direitos do Cidadão, Deborah Duprat.

Realizado pela ONU Mulheres, em parceria com o Ibope e o Instituto Patrícia Galvão, o levantamento aponta demanda existente na sociedade brasileira por ações governamentais, partidárias e institucionais por igualdade de gênero.

A pesquisa revela que 81% de brasileiras e brasileiros entendem que a presença de mulheres na política e em outros espaços de poder e decisão aprimora a política em si e os demais espaços. Além disso, 77% avaliam que deveria ser obrigatório que os parlamentos em todos os níveis tivessem composição paritária, ou seja, correspondência equitativa entre homens e mulheres.

O levantamento integra o projeto #Brasil5050, uma iniciativa da ONU Mulheres para incentivar a participação das mulheres na política e a adoção de medidas para eliminar as desigualdades de gênero, raça e etnia. O projeto replica em nível nacional a iniciativa global da ONU “Por um Planeta 50-50 em 2030: um passo decisivo pela igualdade de gênero”, que coloca a igualdade de gênero no centro da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável.

Para Deborah Duprat, há dois importantes desafios no que se refere à igualdade de oportunidades e representação das mulheres na política. “O primeiro diz respeito à garantir, de fato, 50% de participação feminina nesses espaços, mas sem ignorar os múltiplos recortes que nos atravessam, sejam eles raciais, étnicos, de classe e ou de orientação sexual. Para além disso, é importante fazer a diferença nessas instituições. Estarmos conscientes de que – tal como muitos outros segmentos discriminados – é necessário ter o compromisso com a defesa de direitos e a promoção da igualdade”, ressaltou a PFDC.

O estudo da ONU Mulheres também aborda a percepção de brasileiras e brasileiros a respeito do grau de importância que o Governo Federal deve atribuir a medidas relacionadas às áreas de educação, saúde, transporte e segurança pública como forma de melhorar a igualdade entre homens e mulheres.

Na avaliação de Nadine Gasman, representante do Escritório da ONU Mulheres no Brasil, essas são medidas centrais para o alcance dos compromissos estabelecidos pela Agenda 2030. “O empoderamento econômico das mulheres, o enfrentamento à violência de gênero, o acesso à Justiça e a uma educação inclusiva, assim como a participação na política e em outros espaços de poder, são algumas das estratégias fundamentais para se chegar a 2030 com um Brasil diferente e que não deixa ninguém para trás”.

O levantamento da ONU ouviu 2.002 homens e mulheres de 16 anos ou mais em 141 municípios, entre 16 e 20 de agosto de 2018. A íntegra do estudo pode ser acessada no site da ONU Mulheres no Brasil

Brasil 50-50 – Para colaborar com esse cenário de mudança na direção da paridade de gênero, a ONU Mulheres lançou a plataforma digital Brasil 50-50 para incentivar o compromisso público de candidatos e candidatas com os direitos das mulheres e as políticas para a igualdade de gênero.

Candidatas e candidatos à Presidência da República e a governos de estados estão convidados a aderir a uma agenda de governo que aponta ações concretas a serem adotadas em nível federal e estadual, inspiradas em acordos globais. Já quem concorre às vagas no Senado Federal, Câmara dos Deputados e Assembleias Legislativas é convidado/a a afirmar vontade de desenvolver e votar a favor de propostas de igualdade, contra aquelas que limitam direitos e contribuir para assegurar o financiamento adequado das políticas para mulheres.

Saiba mais em: www.brasil5050.org.br.

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