Partido Novo não quer os R$ 3 milhões do Fundo Partidário, mas não tem como devolver
E mais: Eleição em Vilhena, menos de um ano e meio depois da prefeita Rosani Donadon assumir a Prefeitura. Ela foi cassada, numa daquelas decisões do TSE que é complexa até para especialistas, imagine-se para os leigos...
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Como fazer campanha política sem uso do dinheiro público? Como sobreviver, como partido, sem utilizar um só centavo do Fundo Partidário, aquela grana preta que está a disposição das siglas e, por ele, dezenas de novas agremiações continuam na fila, para serem oficializadas no Brasil? Pois enquanto a maioria dos políticos e seus partidos andam sempre desesperados atrás de dinheiro, há uma exceção que merece ser destacada. Desde 2015, ou seja, desde que foi registrado oficialmente no TSE, o Partido Novo recebe algo em torno de 100 mil reais por mês, do Fundo Partidário. Nesse período, já foram depositados na conta dele algo em torno de 3 milhões de reais. Mas essa grana toda, que faria a festa, principalmente em siglas nanicas, enchendo os bolsos dos negociadores de balcão, está parada no mesmo local onde chegou, ou seja, na conta do partido. Nem um só tostão foi retirado. O Partido Novo tem hoje algo em torno de 20 mil filiados no País, o que lhe dá uma renda mensal de perto de 580 mil reais. É esse o único sustento da sigla. Pelo programa partidário, ele não pode usar um só centavo de dinheiro público. “Não usamos dinheiro público para sustentar o partido, nem o usaremos na campanha. Se for para ser só mais uma sigla, sem mudar as práticas atuais, não adianta nada”, diz o fundador do partido e candidato á Presidência da República, João Amoêdo. Em Rondônia, o Partido Novo segue as mesmas regras. Nada de grana que não seja dos seus filiados. Cada membro paga apenas 29 reais mensais. O partido ainda não sabe o que vai fazer com os 3 milhões que tem em caixa...
Por que? Ora, porque não tem como devolver o dinheiro aos cofres da União, como quer o Partido Novo. Se não utilizar a grana, ela volta para o Fundo e para os cofres dos outros partidos, que não sobrevivem sem o dinheiro do contribuinte. Ou seja, a legislação eleitoral criou uma situação em que o agraciado com seu dinheiro, meu dinheiro, nosso dinheiro, não tem o poder de devolvê-lo, para que ele possa retornar, aí sim, em benefícios para toda a coletividade. É uma pegadinha, impedindo que novas mentalidades assumam posições diferentes na política e se isolem da mesmice, em que tudo depende dos cofres recheados de dinheiro suado do brasileiro, que paga os maiores impostos do mundo. Na maioria dos casos, os partidos (já são 35 e há outros 50 na fila, esperando registro) são criados por dois motivos. O principal deles é o dinheiro, vindo do Fundo Partidário. O outro é para acomodar lideranças que querem mais facilidade para se reeleger. Ou seja, ideologia perto do zero. Total amor ao dinheiro. Dos outros. E ao poder. A direção do Partido Novo chegou a pensar em usar a grana numa campanha contra o Fundo Partidário, mas não o fez porque considerou que pode fazer a mesma campanha de graça, pela redes sociais. O Novo pode até não crescer, mas que é diferente, é sim!
PRIMEIROS NOMES
Em Rondônia, o Partido Novo tem apenas o Diretório Regional, já formado. Não há diretórios municipais, embora o número de simpatizantes e novos membros da sigla esteja crescendo em várias cidades. Por enquanto, o partido rondoniense só pode contar com a participação efetiva de mais de 150 membros, embora o comando regional, sob a responsabilidade de Igor Trivério, anteveja que, nos próximos meses, esse número tenda a crescer bastante, até pelo diferencial que o partido representa. Claro que não há ainda, pretensões eleitorais. Pela forma como atua, o Partido Novo levará, certamente, muito tempo para ter chance de eleger alguém, na medida em que sua mentalidade é totalmente diferente do que se conhece na política brasileira. Mas em Rondônia, pelo menos quatro nomes já estão lançados pelo Partido, para disputar as eleições de outubro. Fabrício Jurado será o candidato ao Senado. Para a Câmara Federal, dois homens e uma mulher: Carol Perezzo, Victor Falessi e Valdemar Katayama. Todos vão bancar as próprias campanhas. Nem um só centavo de dinheiro público será utilizado.
ROSANI DONADON VAI E VOLTA....
Eleição em Vilhena, menos de um ano e meio depois da prefeita Rosani Donadon assumir a Prefeitura. Ela foi cassada, numa daquelas decisões do TSE que é complexa até para especialistas, imagine-se para os leigos, que não entendem como a presença numa reunião, da candidata, pode acarretar na perda do seu mandato, legitimamente outorgado nas urnas. Mas não adianta reclamar. No Brasil, as coisas são assim mesmo. Há casos em que a cassação é por demais justa, principalmente quando envolve corrupção e arrombamento dos cofres públicos, mas sempre é discutível se tirar um mandato por firulas jurídicas. O caso de Vilhena é ainda mais complexo. Mesmo cassada, Rosani não perdeu seus direitos políticos. Ou seja, pode disputar novamente a eleição ao próprio cargo que teve que deixar, semana passada. Ela, é claro, sai como preferida para terminar o próprio mandato, numa eleição que será realizada no dia 3 de junho e que custará uma grana preta aos cofres públicos. A oposição, contudo, vem com toda a força para tentar impedir que a Prefeita retorne ao cargo, que ela perdeu na Justiça. Vamos ver no que vai dar...
O POLÊMICO CONSELHO LGBT
A criação de um Conselho para tratar das questões LGBT, ou seja, dos homossexuais e seus derivados, está causando grande polêmica. O projeto, de autoria do Executivo, foi aprovado na Assembleia Legislativa com 16 votos favoráveis e oito contrários. Todos os deputados ligados às igrejas evangélicas, incluindo o presidente Maurão de Carvalho, votaram contra, mas eles estão longe de serem a maioria no parlamento. Enquanto os defensores das minorias comemoram a decisão, vários grupos, incluindo políticos importantes, como o deputado federal Marcos Rogério, estão pressionando o governador Daniel Pereira, para que ele não sancione a lei aprovada na semana passada, na ALE. Pelas redes sociais, a guerra está declarada. A grande maioria das postagens é de gente contrária à criação do Conselho LGBT, mas há também gente defendendo. Como pano de fundo, as questões ideológicas, que tomaram conta do país. Enquanto a esquerda defende qualquer tema relacionado com os homossexuais e as minorias sexuais, centro direita, direita e grupos evangélicos têm ojeriza ao assunto. A pressão contra o parlamento e sobre o Governador vai continuar nos próximos dias. Daniel Pereira ainda não se pronunciou sobre o caso.
A VÍTIMA É RÉ, NOVAMENTE!
Vítima de uma tremenda armação praticada por toda a Justiça brasileira, ele é mais uma vez acusado de roubo de dinheiro público. Pobre Lula, que nada fez de errado, é quase um santo, senão Jesus Cristo reencarnado, outra vez é réu numa ação de desvios, agora de 64 milhões de reais da Odebrecht. Claro que o texto é uma ironia em relação ao chefe da maior quadrilha já criada neste país, para assaltar os cofres públicos e usar o dinheiro para que ele e seu partido se perpetuassem no poder. Felizmente o golpe não deu certo, até porque as instituições brasileiras, no geral sérias e competentes, não o permitiram. Na mais nova denúncia, o “inocente” Lula, junto com seus ex ministros Antonio Palocci e Paulo Bernardo (marido da presidente do PT) e a própria Gleisi Hoffmann, estão entre os principais acusados. Nesse caso, segundo a denúncia da procuradora Raquel Dodge, o PT – via Lula e sua turma – teria recebido 64 milhões de reais para criar decisões que favorecessem a Odebrecht. Todos os denunciados, quais anjos que jamais praticariam nenhum ato ilegal, se dizem totalmente inocentes, acusando a acusação. Tem é que passar óleo de peroba nessas caras deslavadas....
CINCO MESES DECISIVOS
Agora começa mesmo a reta final e decisiva. Estamos a cinco meses e seis dias da eleição de outubro. Na disputa Presidencial, não se sabe ainda quem serão realmente os candidatos, embora alguns nomes já estejam se destacando. Na corrida pelo Governo de Rondônia, a única pré candidatura, entre os grandes partidos, já definida até agora é a de Maurão de Carvalho, do MDB. Também está praticamente oficializado, dependendo apenas da convenção, o nome do jovem professor Vinicius Miguel, da Rede. Ivo Cassol, o líder nas pesquisas; Acir Gurgacz, Daniel Pereira, Expedito Júnior, Mariana Carvalho, são políticos que ainda podem entrar na briga, mas não se sabe exatamente quem, entre eles, fica fora e quem estará com seus nomes nas urnas. Para a bancada federal, teremos mais ou menos uma centena de nomes para as oito vagas, incluindo todos os atuais deputados federais, que se anunciam candidatos à reeleição. Já no caso da Assembleia, a disputa também será ferrenha. Há possibilidade de que mais de 400 rondonienses queiram sentar nas 24 cadeiras do parlamento estadual. Agora está passando a fase embrionária das candidaturas, para se entrar na reta final. Mas tudo vai ferver mesmo depois das convenções de junho. Até lá, muita batalha de bastidores. Esperemos para ver o que vai dar...
JÁ CAIU PELA METADE
A Reforma Trabalhista, que por enquanto não passou de um “puxadinho”, já trouxe, contudo, alguns avanços. A indústria das ações, que destruiu centenas de empresas e acabou com milhares e milhares de empregos, nas últimas décadas, caiu drasticamente, em apenas cinco meses de existência. Desde novembro, a queda já chegou a quase 49 por cento (os números em Rondônia são semelhantes) registrando-se quase a metade das mais de 580 mil ações que ingressaram na Justiça do Trabalho, no ano anterior. Mas, é claro, as forças antiquadas, as que querem que o Brasil continue vivendo nas trevas da República Sindicalistas e de uma legislação obsoleta, destruidora, que não protege o empregado e muito menos quem gera empregos, continuam ativas. Tentando impedir os avanços, a modernidade, as novas formas de relações do trabalho, vários grupos tentam manter nosso país na Idade Média das relações mão de obra- empresa, para, claro, manterem, eles, os poderosos, a força de decidir que caminho devemos seguir. O deles é o do retrocesso e o do atraso. Só se conseguirá evoluir mesmo nesta questão, quando as reformas forem realmente modernizadoras e quando for decretado o fim da Justiça do Trabalho como ela é hoje, com muitos dos seus servidores vivendo com salários milionários, trabalhando em prédios suntuosos, quais os marajás recostados em seus castelos dourados. Até pode demorar ainda, mas não poderemos fugir dessa realidade, que representa o futuro nas relações de trabalho.
PERGUNTINHA
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