Partidos e coligações priorizam a batalha pelas cadeiras na Câmara, de olho no fundo partidário

Ou seja, a disputa à Câmara, vital para os partidos, porque quanto mais deputados federais tiver, mais grana recebe do Fundo Partidário.

Sergio Pires
Publicada em 03 de agosto de 2018 às 10:06

O PSDB pode vir com uma nonimata bastante forte para a Câmara Federal. Já está certa a dupla que vai a reeleição: a tucana Mariana Carvalho e Expedito Neto, do PSD e, até o final desta quinta, era tida como certa a entrada, no jogo da coligação PSDB/DEM/PSD, do PRB, com seu presidente regional, Lindomar Garçon, como um terceiro nome extremamente viável para a reeleição. O quarto elemento é uma mulher: Ieda Chaves, esposa do prefeito de Porto Velho, Hildon Chaves, que entraria no time não só para reforçá-lo, como, ainda, com chances reais de se eleger. E ainda tem o jovem Lucas Follador, do DEM, filho do deputado estadual mais votado na última eleição, Adelino Follador, que pode ser uma surpresa na eleição. Ou seja, a turma do tucanato e seus aliados, que perderam vários partidos com quem já estavam praticamente fechados, depois que o deputado Marcos Rogério, o candidato ao Senado do DEM, não topou que Carlos Magno (PP/PR e outros aliados menores) estivesse com ele no mesmo palanque, pode acabar tendo uma relação extremamente forte, de gente muito boa de voto, para tentar eleger ao menos três parlamentares federais. Já a turma do PDT/PSB e aliados, virá com uma relação poderosa (entre os nomes, estão Mauro Nazif, Jaqueline Cassol, Melki Donadon, Tiziu Jidalias, entre outros), querendo eleger pelo menos quatro deputados. E ainda tem o MDB, agora somando como  aliado (quase certo) Léo Moraes, que vai com Marinha Raupp e Lúcio Mosquini, ambos muito bons de voto, como Léo. O PMDB quer eleger os três. Ou seja, a disputa à Câmara, vital para os partidos, porque quanto mais deputados federais tiver, mais grana recebe do Fundo Partidário, é a grande questão que envolve ainda a essência das negociações e preocupação de partidos e alianças. O resto é secundário!

Dois dias decisivos. A sexta e o sábado serão de intensas conversações entre as lideranças políticas, antes que se esgotem, nesse domingo, os prazos para que os nomes dos escolhidos nas convenções sejam encaminhados à Justiça Eleitoral. Parece daqueles jogos decisivos, em que os nervos ficam à flor da pele até o último segundo e só se começa a acreditar que tudo terminou, depois do apito final do árbitro. Ninguém se espante se surgirem novidades muito significativas, inclusive na disputa pelo Governo. Mesmo com dois nomes de ponta já escolhidos (Maurão de Carvalho e Acir Gurgacz) e o terceiro, Expedito Júnior, prestes a ser homologado no domingo, há ainda, sim, possibilidades de surpresas daquelas que pegarão a todos no contrapé. Há quem diga que até candidaturas ao Senado e ao Governo ainda podem ser mexidas, mas as maiores negociações, até agora, se referem às eleições proporcionais. E principalmente as nominatas para a Câmara Federal. Aí sim, o jogo vai terminar somente na 26ª hora!

UM FRENTÃO QUE VEM COM TUDO!

Das convenções do final de semana, a do PP, PR e Solidariedade deve lançar um número expressivo de candidatos para outubro.  Os três partidos estão na coligação que apoia Acir Gurgacz ao Governo e vão entrar num Frentão com várias outra siglas: PDT, PSB, PTB, PTC e PSDC. Os dois principais nomes da coligação são a presidente regional do PP, Jaqueline Cassol, nome quentíssimo para a Câmara Federal e do presidente regional do PR, o deputado Luiz Cláudio da Agricultura, que  concorre à reeleição. Tiziu Jidalias é outro nome forte do grupo e chega com chances reais, já que a região de Ariquemes terá muito poucos candidatos ao Congresso. E ainda tem a jovem vereadora de Porto Velho, Cristiane Lopes, com um mandato positivo e muitos votos. Os números da coligação são expressivos. Ela pretende lançar nada menos do que 16 candidatos à Câmara Federal, com meta de eleger pelo menos quatro, mas sonhando até com cinco. Além disso, virá com 48 candidatos a deputado estadual, com meta de eleger uma bancada forte, que, nos planos deste grupo, seria a maior da nova Assembleia Legislativa. O inusitado acordo político entre os grupos Cassol e Gurgacz, até há pouco tempo algo inimaginável, transformou essa na coligação certamente a mais forte, ao menos teoricamente, pelo número de partidos, entre todas as que disputam o pleito de outubro. 

MAIS MULHERES VOTANDO

Dos quase 1 milhão 176 mil rondonienses  aptos a votarem em outubro e no segundo turno para o Governo, que certamente o haverá, 82,3 por cento já vão utilizar o voto biométrico. Perto de 968 mil eleitores usarão este moderno sistema, dos mais seguros, precisando apenas de suas digitais, para poderem escolher seus candidatos. Em 36 das nossas cidades, todo o eleitorado já está cadastrado no sistema, enquanto em outras 16 a votação ainda será feita da forma antiga. O eleitorado do Estado, em dois anos, cresceu mais de 4 por cento. Continuamos tendo uma maioria de mulheres aptas a votar. Elas são quase 20 mil a mais que os homens. Os dados oficiais da Justiça Eleitoral apontam que temos, hoje, quase 598 mil mulheres que poderão votar, contra 578 mil homens. Porto Velho é a maior cidade e, claro, o maior eleitorado: quase 335 mil eleitores, 28,5 por cento do total cadastrado em Rondônia. A verdade é que isso não quer dizer muita coisa, porque historicamente é a união do interior em torno dos seus candidatos que elege mais gente, enquanto o voto na Capital é pulverizado. Nada indica que nessa eleição, esse quesito vá mudar..

O GOVERNADOR...GOVERNA!

Enquanto fervilha a atividade política, com a proximidade das eleições e os acordos sendo costurados, o governador Daniel Pereira parece mesmo estar distante desse complexo tema, embora seja uma das principais lideranças políticas do Estado, atualmente. A política local ferve e Daniel se preocupa mesmo em...governar.  Nessa semana, por exemplo, esteve em Brasília tratando de questões vitais para o Estado. Três das suas conversas pretendem resolver importantes problemas pendentes. O Governador esteve no Tribunal Regional Federal da 1ª Região, onde tratou da transposição de 800 servidores, que tinham sido colocados na folha da União por um ano, mas voltaram para o Estado. Na Eletrobras, apresentou  uma proposta de quitação de dívida do Estado com a estatal, algo em torno de 600 milhões de reais, de responsabilidade da Caerd. No Ministério das Cidades, Daniel foi reivindicar a construção de  escolas, creches e outras estruturas, em conjuntos habitacionais da Capital e de Ji-Paraná. Em suas andanças brasilienses, Daniel teve a parceria do senador Valdir Raupp, que tem sempre portas abertas em todos os órgãos federais.

POR FALAR EM RAUPP...

Foi mais uma denúncia vazia contra ele. Outra, também arquivada,  Dessa vez, o  ministro Edson Fachin, do STF, determinou o arquivamento de inquérito da  Operação Lava Jato,  contra Raupp, por  falta de provas, durante a investigação. O inquérito surgiu de uma denúncia  feita pelo Ministério Público Federal, de  que o senador do MDB, quando presidente nacional do partido,  teria solicitado doações ao presidente da Transpetro, Sérgio Machado, para a campanha de Gabriel Chalita, a prefeito de São Paulo, em 2012.  Raupp,  ao tomar conhecimento do arquivamento desse inquérito pelo STF, afirmou que  sempre acreditou  na Justiça, e que jamais deixou de trabalhar pelo desenvolvimento do estado de Rondônia. Já são várias as denúncias contra ele que naufragaram, mesmo tendo causado inúmeros prejuízos à sua imagem. O denuncismo, baseado muitas vezes em suposições e denúncias que não são confirmadas,  é extremamente positivo para quem adora o lado mundo cão da política, mas negativo demais para quem é vitima dele. O que a gente deve sempre defender é que os culpados devem ser punidos exemplarmente, mas que não se faça denúncias públicas contra quem quer que seja, se não houver provas robustas para fazê-lo!

MAIS DE 4 MIL QUEIMADAS

O combate às queimadas é uma das maiores preocupações do Corpo de Bombeiros de Rondônia. Para se ter ideia do que está acontecendo no Estado, de janeiro até agora, foram detectados seis mil focos de incêndio, quatro mil deles apenas no mês de julho. Os bombeiros conseguiram atender a pouco mais de 10 por cento deste número. As queimadas causam graves prejuízos ambientais e à saúde pública (causando graves danos, no sistema respiratório, principalmente a crianças e idosos) em função da intensa fumaça, além de serem perigosas para destruição de bens materiais. O comandante dos bombeiros no Estado, o coronel Chianca, fala sobre tudo isso e pede apoio da população para combater a essa prática criminosa, que tantos danos causa, em entrevista ao programa Direto ao Ponto, apresentado por Sérgio Pires, que vai ao ar neste sábado, 11h30, na Record News Rondônia. A atração da SICTV/Record pode ser vista, na íntegra, a partir de domingo, no site Gente de Opinião. Não perca!

É SÓ O MESMO DO MESMO!

A disputa presidencial também tem que estar no foco, sempre. Dos nomes postos – nesta quinta, foi oficializado o do representante do MDB, o competente ministro Henrique Meireles, mas que, ao que tudo indica, será um fracasso nas urnas – o único que ainda mexe com o país, para o bem ou para o mal, é Jair Bolsonaro. Ao menos é esse o quadro de hoje, enquanto o horário eleitoral gratuito não começar, quando então os gigantes terão muito mais tempo para conversar com o eleitor do que os nanicos, como o PSL de Bolsonaro. Qual o problema da maioria dos nomes conhecidos até agora, entre os representantes dos grandes partidos e coligações? O mesmo do mesmo! Essa é a questão. Geraldo Alkmin tem o mesmo discurso, sem emoção alguma e sem uma só novidade. Ciro Gomes e suas loucuras, chegam com a mesma conversa de sempre. Meireles seguirá o idem do idem. Afora os nanicos sem chance alguma, como João Amoêdo, do Partido Novo, com um belo discurso, mas que levará uns 10 anos para se tornar  conhecido do eleitor brasileiro, o que mais os presidenciáveis têm a dizer? Vamos ouvir a conversa sem pé nem cabeça de Marina da Silva, uma nulidade que tem apoio apenas de parte da esquerda mais burra? Ou vamos esperar que o presidiário Lula diga alguma coisa que não seja também as mesmices que tem repetido? O candidato que tem falado a voz de parte considerável da população, mesmo com todos os riscos que representa para a democracia, é Jair Bolsonaro. Ou os outros mudam seus discursos e falam a linguagem do Brasil de hoje ou comecem a preparar a faixa presidencial para o cara da extrema direita. Quem avisa....

PERGUNTINHA

Faltando 12 dias para o prazo de 15 de agosto, quando o PT diz que anunciará oficialmente a candidatura de Lula à  Presidência da República, você acha que ele vai mesmo concorrer ou continua preso e inelegível?

 
 
 
 
Winz

Envie seu Comentário

 

Comentários

    Seja o primeiro a comentar

Envie Comentários utilizando sua conta do Facebook