Pequenos crimes, grandes imbecis

Os Trapalhões não se preocupam no rastreio de suas maracutaias, abastecem o sistema de governo com dados falsos, imprimem e depois apagam, como se estivessem escrevendo respostas na palma das mãos para colar na prova

Ricardo Mezavila
Publicada em 05 de maio de 2023 às 09:37

Mauro Cid, Jair Bolsonaro e Polícia FederalMauro Cid, Jair Bolsonaro e Polícia Federal (Foto: ABr | Reprodução)

Acompanhando o desenrolar do escândalo das fraudes nas carteiras de vacinação, fica cada vez mais nítido o quanto de imbecil existe dentro do genocida, que fez com que o Brasil andasse de marcha à ré durante quatro anos de desgoverno. 

Todos os seus ‘planos’ fazem água, porque não possui capacidade cognitiva e intelectual, assim como quem o cerca, de ‘bolar’ algo que realmente faça algum sentido, que não seja desvendado por qualquer criança acostumada a jogar ‘Detetive’ no tabuleiro. 

Parece com a narrativa do aluno que, não querendo ir à aula, escreve um bilhete justificando o não comparecimento e assina, ‘minha mãe’, entregando posteriormente na secretaria da escola. 

Sejamos realistas, como uma pessoa com a estatura do cargo que ocupa, aceita um documento falsificado atestando que foi imunizado por uma vacina e o apresenta para entrar em outro país? 

Os Trapalhões não se preocupam no rastreio de suas maracutaias, abastecem o sistema de governo com dados falsos, imprimem e depois apagam, como se estivessem escrevendo respostas na palma das mãos para colar na prova. 

Pseudos comentaristas bolsonaristas perguntam: - ah, estão fazendo tudo isso por causa de uma carteira de vacina falsificada?  

Parece pouco, mas é muito mais grave do que Bolsonaro e sua quadrilha pensam. Em depoimento na PF, o major Mauro Cid, estafeta do ex-presidente, disse que testemunhou propostas de golpe após Bolsonaro ter perdido as eleições.  

Cid, que está preso, disse que havia pressões de Bolsonaro para que ele ‘virasse o jogo’ com uma intervenção militar, que encampasse um golpe para prender ministros do STF, mas como todo os outros planos, falharam. 

O cercadinho está se fechando e a familícia está apavorada, ainda mais agora que a equipe do Laboratório de Tecnologia de Combate à Corrupção e Lavagem de Dinheiro do Ministério Público do Rio de Janeiro, descobriu movimentação financeira, consistente, no esquema de rachadinhas no gabinete do vereador Carlos Bolsonaro. 

No rastro da fraude das carteiras virão outros crimes tipificados, que darão robustez às denúncias e tornarão a prisão dessa quadrilha irreversível, indiscutível e histórica. 

O Ministro do STF, Alexandre de Moraes, está sentado na praça jogando miolo de pão, porém os ratos gordos, sujos e famintos, se antecipam aos pombos, e caem na armadilha montada pela própria ignorância e gula descontrolada. 

Ricardo Mezavila

Escritor, Pós-graduado em Ciência Política, com atuação nos movimentos sociais no Rio de Janeiro.

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