Percentual de votos em branco e nulos varia pouco na eleição para a Câmara
Quando se considera ainda a abstenção geral, tudo somado indica que em 2002 praticamente um em cada quatro eleitores aptos deixou de expressar, nas urnas eletrônicas, a sua representação na Câmara.
Na eleição para a Câmara, a soma dos votos em branco e nulos, os chamados votos inválidos, atingiu 16% em 2018
Neste ano variou pouco o percentual de eleitores que deixou de escolher um deputado, uma deputada ou uma legenda como representação na próxima legislatura. Na eleição para a Câmara, a soma dos votos em branco e nulos, os chamados votos inválidos, atingiu 16% em 2018. Há quatro anos, esse percentual foi de 15%, praticamente o dobro dos 8% registrados em 2002. Veja aqui.
Quando se considera ainda a abstenção geral, tudo somado indica que em 2002 praticamente um em cada quatro eleitores aptos deixou de expressar, nas urnas eletrônicas, a sua representação na Câmara. Neste ano, um em cada três eleitores aptos, ou 33%, adotou essa posição – um patamar quase idêntico ao de quatro anos atrás, quando essa proporção foi de 32%.
Polarização
Já na eleição presidencial houve um recuo no total de votos inválidos. Os brancos e nulos somaram 8,8% neste primeiro turno, abaixo dos 9,6% registrados em 2014. As avaliações preliminares indicam que a polarização entre os candidatos Jair Bolsonaro, do PSL, e Fernando Haddad, do PT, fez com que parte dos eleitores praticassem o chamado voto útil já no primeiro turno.
O analista político Antônio Augusto de Queiroz, diretor de documentação do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap), disse ter sido surpreendido por esses números.
“Se considerarmos que nunca houve uma eleição tão polarizada quanto esta, mas não polarizada em termos de uma visão liberal ou uma visão estatizante como sempre aconteceu entre PT e PSDB, os votos inválidos foram modestos diante da divisão do País”, disse.
Para Queiroz, é difícil que isso se repita no segundo turno. “A expectativa é que a abstenção cresça muito significativamente, talvez tenhamos o maior índice de abstenção e de votos em branco e nulos desde a redemocratização em 1985.”
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