Pesquisa mostra que polarização nas redes sociais não se reflete na população em geral

Segundo o Instituto Locomotiva, 27% dos brasileiros se consideram centro e 30% não souberam responder. Estudo mostra ainda divisão heterogênea em pautas ideológicas

Assessoria
Publicada em 26 de setembro de 2020 às 21:48
Pesquisa mostra que polarização nas redes sociais não se reflete na população em geral

Apesar da intensa polarização política nas redes sociais entre esquerda e direita, 6 em cada 10 brasileiros se consideram de centro ou indefinidos. É o que mostra a pesquisa realizada pelo Instituto Locomotiva em parceria com a escola de formação política, RenovaBR. Dos 2.500 entrevistados, brasileiros com mais de 16 anos, de 72 municípios de todo o País, 27% se consideraram de centro, 24% de direita, 19% de esquerda, e 30% não souberam responder.

"A polarização se tornou algo tóxico ao debate político, principalmente porque impede que discussões importantes aconteçam de forma produtiva. Dentro do Congresso, das Assembleias e das Câmaras Municipais, é fundamental que governantes vençam as bolhas ideológicas e conversem sobre os problemas do país, para a efetiva solução por meio de políticas públicas", afirma Eduardo Mufarej, fundador do RenovaBR. Para Renato Meirelles, presidente do Locomotiva, os números da pesquisa indicam que há na população espaço para o consenso. "Para além da coloração ideológica, a sociedade mostra bom senso. Ou seja, revela disposição para o dialogo e lugar para o contraditório", diz.

A pesquisa, realizada entre 31 de julho e 7 de agosto de 2020, mostrou ainda, que apesar da pouca identificação do entrevistados com perfis ideológicos, há contradições em relação aos temas discutidos na sociedade. A maioria dos entrevistados (65%) concordam que o Estado deve intervir na economia, mas, em relação à privatização das estatais, o percentual fica bem dividido, com 49% favoráveis e 51% contrários. Em compensação, 72% apoiam as parcerias público privadas, enquanto a metade (52%) acredita que a gestão de serviços públicos deveria ser feita apenas pelo governo, sem participação das empresas. "Quanto à presença do Estado na vida do cidadão, acho reflexo, principalmente, de um desejo de contrapartida, ou seja, de serviços públicos eficientes", revela Meirelles.

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