PF vai investigar procedência dos R$ 51 milhões atribuídos a Geddel

No despacho do juiz federal Wallisney Oliveira, as investigações atribuem os valores a fraudes na liberação de créditos na Caixa Econômica Federal, entre os anos de 2011e 2013, período em que Geddel era vice-presidente de Pessoa Jurídica da empresa federal.

Sayonara Moreno - Correspondente da Agência Brasil (Foto: Divulgação)
Publicada em 06 de setembro de 2017 às 16:38
PF vai investigar procedência dos R$ 51 milhões atribuídos a Geddel

O Superintendente da Polícia Federal na Bahia, Daniel Madruga, informou hoje (6) que os R$ 51 milhões encontrados ontem em um apartamento de Salvador e atribuídos ao ex-ministro Geddel Vieira Lima foram depositados em juízo, para que seja investigada a procedência das cédulas.

“O dinheiro, após contabilizado, foi depositado na Caixa Econômica Federal, numa conta vinculada ao processo. Importante destacar que possuir e ter o dinheiro, por si só, não é crime. Essa investigação, que está em curso em Brasília, vai apurar se a origem do dinheiro é ou não lícita”, destacou Madruga.

No despacho do juiz federal Wallisney Oliveira, as investigações atribuem os valores a fraudes na liberação de créditos na Caixa Econômica Federal, entre os anos de 2011e 2013, período em que Geddel era vice-presidente de Pessoa Jurídica da empresa federal.

O Superintendente da PF disse, ainda, que os agentes policiais, que cumpriram o mandado de busca e apreensão no apartamento no bairro da Graça, ficaram “surpresos” com o conteúdo das malas e caixas e com a quantidade de dinheiro.

“Os policiais, quando entraram no apartamento, ficaram surpresos, porque esperavam encontrar caixas com documentos e na verdade se depararam com caixas e malas de dinheiros. Foi uma surpresa muito grande”, relatou o Superintendente. Além disso, ele disse que, pela quantidade de cédulas encontradas, foi preciso o serviço de uma empresa transportadora de valores, que utilizou oito máquinas para contar o dinheiro, com o auxílio de onze funcionários. A contagem, segundo ele, durou cerca de 12 horas.

Passadas mais de 24 horas desde a apreensão do dinheiro atribuído a Geddel, a defesa do ex-ministro ainda não se manifestou. Geddel cumpre prisão domiciliar em Salvador, no apartamento onde mora com a família. Atualmente, ele não utiliza tornozeleira eletrônica, porque o estado da Bahia não possui o equipamento. A Secretaria de Administração Penitenciária estadual informou que até 20 de setembro os aparelhos de monitoramento adquiridos devem chegar a Salvador.

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