A Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão (PFDC) manifesta pesar pelo falecimento do professor e jurista Antônio Augusto Cançado Trindade, uma referência em direitos humanos nacional e internacionalmente. “Todos perdemos com a partida de uma voz tão ativa e experiente. As obras deixadas por ele serão uma forma de perpetuar seus ensinamentos, tão necessários no período de retrocesso, que têm passado o Brasil e outros países, no que se refere a direitos humanos”, lamentou o procurador federal dos Direitos do Cidadão, Carlos Alberto Vilhena.

Entre suas obras estão o Tratado de Direito Internacional dos Direitos Humanos; A Humanização do Direito Internacional; El Futuro de la Corte Interamericana de Derechos Humanos; Os Tribunais Internacionais e a Realização da Justiça; Asilo político: discussões teóricas e casos emblemáticos; The Acess of Individuals to Internacional Justice; A Century of Internacional Justice and Prospects for the Future; International Law for Humankind: Towards a New Jus Gentium.
 
Cançado Trindade era mineiro, nascido em Belo Horizonte. Formado em direito pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), era mestre e doutor em direito internacional pela Universidade de Cambridge. Foi professor no Instituto Rio Branco durante 30 anos, tendo trabalhando como consultor jurídico do Ministério das Relações Exteriores por cinco anos. De 1994 a 2008, ocupou o cargo de juiz da Corte Interamericana de Direitos Humanos, tendo presidido o tribunal de 1999 a 2004. Atualmente, era membro da Corte Internacional de Justiça – principal órgão judicial da Organização das Nações Unidas (ONU).