Polícia conclui investigações sobre corrupção e indicia ex-prefeitos, empresários e servidores em Vilhena e Chupinguaia

Irmã de secretário e empresas laranjas foram usadas em crimes.

Folha do Sul 
Publicada em 29 de novembro de 2018 às 12:15
Polícia conclui investigações sobre corrupção e indicia ex-prefeitos, empresários e servidores em Vilhena e Chupinguaia

Ao concluir as investigações sobre casos de corrupção em Vilhena e Chupinguaia, nesta semana, a Polícia Civil indiciou ex-prefeitos de ambas as cidades.

Referente a um suposto esquema de ilegalidades na Prefeitura de Vilhena, foi indiciado o ex-prefito Zé Rover, o ex-secretário Governamental Gustavo Valmorbida e o empresário Fausto de Oliveira Moura, dono da empreiteira Projetus Engenharia.

As investigações mostraram que, ano de 2015, os acusados firmaram contratos sem licitação com a prefeitura para asfaltamento, construção e drenagem de duas ruas do município, tendo a Projetus recebido, sem o devido processo licitatório, mais de R$ 1,1 milhão, tendo-se apurado que mais de 300 mil reais foram superfaturados. 

Fausto Moura e Gustavo Valmorbida chegaram a ser presos em 2016, pela Policia Civil, em razão dessa e de outras investigações. Nessa investigação concluída, foram os três foram indiciados por desvio de verbas públicas, e dispensa ilegal de licitações, crimes que podem render aos denunciados, em caso de condenação, até 16 anos de prisão.

Em relação à Prefeitura de Chupinguaia, restou apurado a ação de uma associação criminosa, capitaneada, ao que tudo indica, pelo então prefeito Vanderlei Palhari e seu secretário de confiança Aparecido Alves dos Santos. Somente nessa investigação, foram encontrados indícios do desvio de mais de R$ 100 mil, forjando-se licitações em nome da empresa Portal Construtora. 

Nesse esquema Aparecido Alves dos Santos utilizou uma empresa “laranja” registrada em nome de sua irmã, Elisângela Antunes dos Santos.  Restou comprovado que um cheque de mais de 46 mil, emitido pela Prefeitura Municipal, foi parar nas mãos de Aparecido Alves, que quitou dívidas no comércio local. Foram indiciados, além de Palhari e Cido, também José Quirino dos Santos (presidente da Comissão Permanente de Licitações, na época), Wilson Leno da Silva (dono da empresa Portal Construtora), Elisângela Antunes dos Santos (laranja da empresa Al Moraes) e Thiago Silva de Campos (funcionário da prefeitura que sacou um dos cheques, no valor de R$ 8.200,00. 

Aparecido Alves dos Santos chegou a ser preso pela Polícia Civil em Vilhena, no ano de 2016, na Operação Metástase, que investigou  esquemas de reconhecimento de dívidas fraudulentos em aluguéis de imóveis pela prefeitura e pagamento de funerárias, mas foi solto pelo Tribunal de Justiça de Rondônia. Os acusados foram indiciados por crimes de lavagem de dinheiro, desvio de verbas públicas, falsidade ideológica e fraude em licitações. As penas somadas chegam a 31 anos de prisão.

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