Por unanimidade, a 1ª Câmara Especial do Tribunal de Justiça de Rondônia determinou o retorno do vereador Célio Batista (PR) às suas atividades na Câmara Municipal de Vilhena. O parlamentar estava afastado desde o ano passado, após ser conduzido para se submeter a monitoramento eletrônico.

Acusado de participação num esquema de loteamentos na cidade, que consistia no pagamento de vantagens a vereadores para a aprovação de projetos imobiliários, Célio sempre negou a acusação. Mesmo assim, foi proibido de freqüentar a Câmara, mas permaneceu recebendo salários.

O julgamento aconteceu na tarde de ontem, (08), quando os três desembargadores que compõem a Câmara atenderam ao pedido da defesa do vereador, a cargo do advogado Newton Schramm e sua equipe. Ele alegou ausência de provas contra Célio e alertou que mantê-lo afastado das atividades parlamentares configuraria “subtração do mandato popular”.

O advogado informou que a justiça também determinou a retirada da tornozeleira eletrônica que estava sendo usada por Batista, o que já foi feito. Schramm acrescentou que o TJ entendeu que seu cliente cumpriu as determinações indicadas durante o afastamento, e que a volta dele à Câmara é justa.

O advogado também se disse confiante na absolvição de Célio na justiça em Vilhena. Depois de escapar de uma CPI que o investigava, ele continua respondendo o processo. “Mas, nossa expectativa é que em primeira instância a justiça tenha o mesmo entendimento do Tribunal sobre a ausência de provas. O Célio é inocente, não existe nada contra ele nos autos”, finalizou o profissional do direito, que pretende acompanhar o cliente amanhã ao Parlamento, para que o presidente da Casa, Adilson de Oliveira (PSDB) tome ciência da decisão.