O grupo esteve hoje na Câmara, em reunião com as Comissões de Direitos Humanos (CDH) e de Integração Nacional, Desenvolvimento Regional e da Amazônia (Cindra). Organizações sociais e ambientais e parlamentares presentes decidiram elaborar um documento, para encaminhar ao Ministério da Justiça (MJ) e ao Ministério Público Federal (MPF).
“Viemos pedir socorro”, reforçou o cacique. André Luiz contou que, em outras oportunidades, os Karipuna fizeram denúncias ao MJ, à Fundação Nacional do Índio (Funai), ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e à Polícia Federal (PF) de Rondônia. Mas nada mudou.
“Essa política do governo mata, destrói”, constata. “Dizem que nós atrapalhamos o desenvolvimento, o que é mentira. Nós protegemos todas as vidas da floresta”.
O grupo convidou deputados e senadores a visitar o território. O gabinete do presidente da Cindra, João Daniel (PT-SE), informou que a proposta de criar uma comissão que viaje até Rondônia deve ser analisada após as eleições.
Paulino Montejo, assessor político da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), ressalta que a onda de violência generalizada contra os indígenas é resultado de um projeto político de morte, genocida:
— Não querem apenas acabar com a nossa cultura e o nosso modo de vida. Querem nos extinguir! Para tomar conta da biodiversidade, das riquezas, dos recursos do subsolo, do minério, do gás. Para que o agronegócio avance, a pecuária, os monocultivos, a palma, o eucalipto, a soja transgênica. É um governo submetido aos interesses do grande capital, das corporações, tanto nacionais como internacionais, que visam se apropriar das riquezas que os nossos povos preservaram.
Localizada nos municípios de Porto Velho e Nova Mamoré, a Terra Indígena (TI) Karipuna foi demarcada em 1997, com 152.930 hectares, e se encontra homologada. Até a década de 70, os indígenas viviam praticamente isolados no local. Em 2004, dizimados por doenças transmitidas por contatos com os brancos, eram apenas catorze sobreviventes. Hoje, por volta de 50 habitantes resistem.
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Comentários
Como indigenista Pioneiro na Amazonia Ocidental, RO. AAC. AM e RR sinto saudades de Presidentes verdadeiros Brasileiros e, infelizmente hoje a realidade para Indígenas é outra, descaso imitação de enfermos com atos ridículos onde ? Claro ...em Brasília (socorro ao povo Brasileiro)
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