Prefeitura realiza 2º seminário de prevenção à gravidez na adolescência em Porto Velho
Evento abordou temas relevantes para a construção de estratégias de redução à gestação precoce
No ano de 2023, dos 6.127 partos ocorridos em Porto Velho, 824 foram realizados em meninas entre 10 e 19 anos. A gravidez na adolescência é um fator preocupante em todo país. Por isso, a Prefeitura de Porto Velho, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (Semusa), realizou o 2º Seminário de Prevenção da Gravidez na Adolescência.
Com o tema “Ampliando o olhar e promovendo o cuidado”, o principal objetivo é conscientizar sobre a prevenção da gestação precoce com foco no planejamento reprodutivo e orientações sobre os serviços de saúde destinados aos adolescentes.
Participaram profissionais de saúde, educadores, assistentes sociais e psicólogos
O evento aconteceu no auditório do Ministério Público do Estado de Rondônia e reuniu profissionais de saúde, educadores, assistentes sociais e psicólogos. A atividade faz parte do calendário de atuações da Semusa para o enfrentamento da maternidade e paternidade precoce no município.
A ação, coordenada pelo Departamento de Atenção Básica (DAB), através do Núcleo de Saúde da Mulher, abordou temas relevantes para a construção de estratégias de redução à gravidez na adolescência.
Durante as palestras foram abordados temas como: a gravidez na adolescência como desafio para redução da mortalidade materna; sexualidade e adolescência: compreender para acolher; aspectos éticos e legais no atendimento ao adolescente e contracepção; e estratégias intersetoriais para prevenção da gravidez na adolescência.
Penati destaca que a conscientização contribui para a redução dos casos
Para Ana Emanuela, enfermeira e subgerente do Núcleo de Saúde da Mulher da Semusa, o seminário fortalece a criação de soluções para o enfrentamento da gravidez na adolescência. “Disseminar informações sobre medidas preventivas e evidenciar que o combate à gravidez na adolescência precisa ser um esforço coletivo. É necessário quebrar esse tabu de falar sobre sexualidade com as crianças e adolescentes, e unir saúde, escola e família para o combate à maternidade e paternidade precoce. Precisamos falar sobre saúde sexual e reprodutiva, orientando e prevenindo o público infantojuvenil”, frisa a subgerente.
A secretária-adjunta de Saúde de Porto Velho, Marilene Penati, destacou que a conscientização da população contribui para a redução de partos em menores de idade, bem como violência sexual e gravidez indesejada.
“A gravidez na adolescência ainda é um paradigma que precisa ser quebrado. Falar sobre sexualidade com os adolescentes, meninas e meninos, vai muito além do ato sexual em si, é a prevenção de uma gestação precoce e até mesmo de um abuso sexual. A adolescência inicia aos 10 anos de idade, ou seja, nessa faixa etária já existe a possibilidade de uma gravidez. Por isso é fundamental que os órgãos responsáveis pela promoção da saúde pública, unam forças no combate à gravidez na adolescência”, destaca a secretária.
Para Ana, seminário fortalece criação de soluções para enfrentamento da gravidez na adolescência
Leuziane Alves da Silva, é enfermeira na Unidade de Saúde da Família (USF) Caladinho. Ela foi uma das profissionais que participou do evento. “O tema é muito importante para montar estratégias de orientações e acolhimento aos adolescentes que chegam até as unidades de saúde. Para além do planejamento familiar, nosso objetivo é ampliar os métodos de prevenção com foco na prevenção para que aquela menina não entre novamente nas taxas de gravidez na adolescência”, relata a enfermeira.
MÉTODOS CONTRACEPTIVOS
Em Porto Velho, a Semusa disponibiliza o planejamento reprodutivo, um conjunto de ações preventivas e educativas que orientam homens e mulheres sobre concepção e contracepção. Entre os métodos disponíveis estão: o anticoncepcional injetável, a pílula anticoncepcional, o Dispositivo Intrauterino (DIU), além dos preservativos feminino e masculino.
A pílula anticoncepcional de emergência (conhecida popularmente como pílula do dia seguinte) também é disponibilizada pela rede municipal de saúde, para todo o público feminino e não apenas para vítimas de violência sexual. Todos esses serviços estão disponíveis, gratuitamente, em todas as unidades básicas de saúde e/ou no Centro de Referência Saúde da Mulher (CRSM).
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