Presidente da CPI dos Maus-Tratos defende prisão perpétua para estuprador de criança

O parlamentar aproveitou para relatar os dois dias em que esteve no Ministério Público do Espírito Santo ouvindo autores de crimes de grande repercussão no estado.

Agência Senado 
Publicada em 07 de junho de 2018 às 13:46
Presidente da CPI dos Maus-Tratos defende prisão perpétua para estuprador de criança

Ao abrir a reunião desta quinta-feira (7), o presidente da CPI dos Maus-Tratos, senador Magno Malta (PR-ES) defendeu a pena de prisão perpétua para criminosos que estupram crianças e adolescentes. O parlamentar aproveitou para relatar os dois dias em que esteve no Ministério Público do Espírito Santo ouvindo autores de crimes de grande repercussão no estado.

- Dentro do auditório do MP estadual, ouvimos criminosos emblemáticos a fim de entender esse universo e criar uma legislação eficiente para o Brasil que puna esse tipo de crime. O que nós precisamos é começar a movimentação em defesa da prisão perpétua para esse tipo de demônio que violenta física, espiritual e moralmente uma criança - defendeu.

Requerimentos

Na reunião, foram aprovados uma série de requerimentos. Entre eles, um de autoria do senador José Medeiros (Pode-MT) para oitiva de Marcos Goto, coordenador-chefe de seleções de ginástica, e de Thaís Copini, psicóloga que atendia os atletas no Clube Movimento de Expansão Social Católica (Mesc), no qual trabalhava o técnico de ginástica artística Fernando de Carvalho Lopes. Ex-atletas do treinador o acusaram de abusos sexuais durante vários anos em treinos, testes físicos e em viagens.

O presidente da CPI informou que pretende ouvir na próxima semana a jornalista Joana Assis, do grupo Globo, que fez reportagem com denúncias contra Fernando de Carvalho Lopes.

Magno Malta disse ainda que a comissão fará reuniões para tratar da denúncia da existência em São Paulo de uma espécie de máfia de elaboração de laudos a favor de pais abusadores.

Quatro requerimentos aprovados dizem respeito à situação da menor I.R.S.. Segundo Magno Malta, ela sofre de doença respiratória e passou a viver com o pai, depois de longa batalha judicial. A mãe esteve na CPI e denunciou que a filha não está recebendo o tratamento adequado. O pai, por sua vez, em depoimento, alegou que a criança não precisa de todo tratamento que a mãe indica.

Serão ouvidos médicos, professores da escola onde a menina estuda, em Paraty (RJ), e representantes do Conselho Tutelar.

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