Previdência - Falta coragem para cobrar?
O Governo Federal, com apoio de grandes veículos de comunicação, médios e pequenos também, faz uma campanha cerrada e não é de agora, portanto não é coisa só do Temer, alegando que a Previdência está quebrada.
O Governo Federal, com apoio de grandes veículos de comunicação, médios e pequenos também, faz uma campanha cerrada e não é de agora, portanto não é coisa só do Temer, alegando que a Previdência está quebrada, que tem de subir o preço da contribuição, que se isso não acontecer a aposentadoria vai para o espaço, o papo furado que o Brasil escuta há muito tempo.
De quebra também acusam o funcionalismo público de responsável pelo buraco previdenciário, uma maneira clara de botar em guerra aberta o setor privado contra aqueles que fazem a máquina do Estado funcionar. Na realidade o que falta ao governo Federal é coragem para fazer cumprir a Lei, e antes de vir com a conversa de sempre, que está tudo falido, pressionar quem deve, um grupo imenso de empresas, algumas ligadas diretamente ao setor público, multibiliardárias mas que, pelo visto, conforme o noticiado, não cumprem suas obrigações para com a previdência.
É sério: enquanto reafirma a necessidade de reforma da previdência – o que quer dizer tirar mais dinheiro da mesa do trabalhador, o governo federal não tem coragem para fazer com que empresas e órgãos públicos recolham à Previdência 426 bilhões que, conforme o site expressaorondonia.com.br (*), “equivale a três vezes o chamado déficit da Previdência em 2016”, números levantados, conforme a mesma fonte, pela Procuradoria Geral da Fazenda Nacional.
Aí, haja ministro, deputado, senador, governador e presidente da República querendo mudar a Previdência alegando que ela está quebrada e etc, mas nenhum deles quer cumprir com suas obrigações.
E nós, que pagamos a conta, tendo de encarar essa lábia e com muita gente ainda votando em outubro naqueles que está encastelados em Brasília e que se calam perante a inoperância gerencial que este país está passando há 15 anos.
PARA LEMBRAR
20 de fevereiro – Em 1944 – O Congresso Nacional recebe o Plano Rodoviária Nacional, assinado pelo engenheiro Yedo Fiúza propondo a Rodovia Acreana, ligando Rio Branco, AC a Cuiabá, MT (Vitor Hugo, Cinquenta anos do Território Federal do Guaporé).
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Comentários
Clara e bem elaborada abordagem ao tema, Sr. Lúcio! Acrescentaria que não é questão de falta de coragem para cobrar os tributos previdenciários das grandes empresas. É questão de conivência, de conluio, de corrupção. Isenta-se a grande empresa do PIS/COFINS, não se cobra a Contribuição Previdenciária, e (no conchavo maligno) faz-se um infame perdão da dívida e divide-se os lucros. Somos um país de políticos corruptos, empresários corruptores, e povo alienado. O Judiciário a tudo assiste, sossegado e contente com seu alto salário e penduricalhos indecentes. E chamamos a isso de DEMOCRACIA.
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