Primeira quinzena de setembro registra recorde de fogo no Pantanal e na Amazônia
Ontem, a Amazônia superou o total de focos de calor registrados em todo mês de setembro de 2019
Foto: Christian Braga / Greenpeace. Focos de calor em área de Prodes (2017-2019). Área próxima aos limites da Terra Indígena Kaxarari, município de Lábrea (AM).
Acesse as imagens feitas no sobrevoo aqui
"Enquanto isso, na semana passada, mais uma vez, o governo - na figura do vice presidente - descredibiliza os dados do INPE, falando em diminuição das queimadas na Amazônia, negando as evidências científicas geradas pelo Instituto e divulgando um vídeo que foi o maior mico", comenta Rômulo Batista, porta-voz de Amazônia do Greenpeace Brasil.
Já no Pantanal, maior planície interior inundável do mundo, somente ontem, foram 689 incêndios registrado. No bioma, 12% da sua extensão já foi destruída pelo fogo até o final do mês de agosto, causando a morte de milhares de animais e fazendo outros milhões deles perderam seu habitat. Os 15.453 incêndios neste ano no bioma já é o maior da série histórica do monitoramento realizado pelo INPE, que começou em 1988. "As imagens são chocantes. E, enquanto os brigadistas, bombeiros, militares e voluntários lutam para salvar o Pantanal, o presidente ri da situação que esse ecossistema único está vivendo em sua live semanal", comenta Rômulo.
O Cerrado, savana mais biodiversa do mundo, é outro bioma que segue em chamas. Apesar dos números totais serem um pouco menor do que o ano passado, 5,45%, não há motivos para comemorar. Somente nos primeiros 14 dias de setembro foram registrados 13.619 focos, um aumento de 9,2% em relação ao mesmo período do ano passado. Somente neste ano, já são 37.824 incêndios e queimadas no bioma e não existe nenhuma ação governamental para coibir esse outro desastre ambiental.
Enquanto as autoridades brasileiras fazem um esforço de contrapropaganda para esconder o que de fato ocorre no Brasil, a verdade se impõe. As queimadas e incêndios florestais estão completamente fora de controle nos diferentes biomas. "A responsabilidade disso é da política antiambiental do governo federal, com o falso discurso de que a destruição ambiental é necessária para o desenvolvimento econômico. Está na hora de todas pessoas, empresas e governos que estão realmente comprometidos com o futuro desses Biomas e também com o próprio planeta terra, exigir que o governo brasileiro tome providências para acabar com a destruição do meio ambiente e impedir que os maiores tesouros do nosso país virem cinzas para o lucro de uma pequena minoria", completa Batista.
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