Privatização – caminho sem volta

A venda dessas empresas, além de representar uma enorme economia para o País, injetará bilhões de reais nos cofres públicos, recursos esses que, devidamente aplicados, servirão para minorar as necessidades e agruras da população brasileira.

Valdemir Caldas
Publicada em 29 de março de 2019 às 10:14
Privatização – caminho sem volta

(*) Valdemir Caldas

O presidente Jair Bolsonaro está mesmo disposto a levar adiante seu programa de privatização de empresas estatais, apesar de ser duramente criticado pelo esquerdismo retrógrado, para quem o exemplo do que vem acontecendo no resto do mundo ainda não foi suficiente.

E ele tem pressa em buscar o tempo perdido, que causou bilhões de reais em prejuízos, em nome de uma fictícia presença do Estado na economia. Afinal, a maioria das empresas transformou-se em matrizes do desperdício e da malversação dos recursos públicos, uma espécie de casa da mãe Joana de políticos, para acomodação de seus afilhados e cabos eleitorais. A fina flor do empreguismo.

Aqui mesmo, no Estado de Rondônia, há empresas públicas atravessando enormes dificuldades financeiras, prestes a fecharem suas portas, simplesmente porque deixaram de cumprir a função social para qual foram criadas, para se transformarem em cabides de emprego, um refúgio para agasalhar parentes, aderentes e amigos de políticos.

Mantidas com impostos extraídos dos contribuintes, as estatais sempre desfrutaram de regalias e privilégios, sem, contudo, produzirem benefícios à sociedade. O deslumbramento e o irrealismo sempre fizeram parte do dia a dia dessas empresas, sustentadas com um volume de verbas de fazer inveja a qualquer unidade de saúde que morre à mingua por falta de Dipirona. A imprensa tem mostrado a orgia financeira e os espetáculos paradisíacos promovidos por dirigentes de empresas públicas. E tudo em nome do povo, sempre chamado para pagar, não só a conta, mas os prejuízos.

Ao Estado cabe, tão-somente, responder por seus deveres, encargos básicos e tradicionais: saúde, educação, segurança pública, saneamento básico, meio ambiente, habitação, permitindo, assim, que as empresas privadas continuem a demonstrar sua capacidade em todas as áreas da economia nacional. E que o poder público se retire dessa complexa seara, cuja linguagem é confusa e difícil para ele.

A venda dessas empresas, além de representar uma enorme economia para o País, injetará bilhões de reais nos cofres públicos, recursos esses que, devidamente aplicados, servirão para minorar as necessidades e agruras da população brasileira.

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