Projeto de extensão apresenta fatos e curiosidades sobre a história do município de Vilhena
O professor relata que a idealização do projeto partiu de um interesse pessoal em saber mais sobre a história dos lugares
O projeto de extensão “Conhecer Vilhena: incursões na história, memórias e lugares”, do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia (IFRO), Campus Vilhena, vem realizando um trabalho de registro histórico sobre o munícipio de Vilhena. A iniciativa busca preservar memórias regionais por meio da digitalização e criação de um banco de dados de fontes primárias históricas (jornais, revistas, fotografias, acervos particulares, institucionais e de órgãos oficiais), visando aglutinar a dispersão das fontes históricas, em forma digital, para facilitar o acesso dos interessados.
De acordo com o professor Juliano Fischer Naves, coordenador do projeto, a ideia é explorar os documentos históricos e ir além. “O intuito é abranger histórias não contadas, por meio das memórias dos munícipes mais antigos, além de fatos que não foram relatados em periódicos, ou que a divulgação tenha sido muito restrita. Explorar memórias relevantes para a história de Vilhena e do povo vilhenense, natos ou acolhidos”, explica Juliano.
Juliano conta que parte da captação é feita através dos documentos digitalizados pelo NIMPI (Núcleo Informatizado de Memória e Pesquisa do IFRO). Outra parte é oriunda da proatividade dos alunos, que buscam e encontram as informações em outras fontes. O projeto conta com a participação de 10 professores colaboradores, 5 bolsistas. No total, 53 alunos estão envolvidos com as atividades.
O professor relata que a idealização do projeto partiu de um interesse pessoal em saber mais sobre a história dos lugares. “Nunca tinha vindo a Rondônia antes de tomar posse no concurso em 2012. Quando cheguei em Ji-Paraná, entrei em contato com a história do estado. Mas no momento estava envolvido no doutorado, que é em computação. O que soube foi através de conversas entre amigos, entre eles, o professor Lourival, professor de História de Ji-Paraná. Este interesse me fez pensar que mesmo a história do estado sendo relativamente recente, há um desinteresse em conhecê-la e preservá-la. Esse interesse nos moveu (eu e o Lourival) e iniciamos o NIMPI (nimpi.ifro.edu.br). A ideia é digitalizar documentos históricos para pesquisa e preservação”, declarou Juliano.
Juliano menciona que o projeto está organizado em cinco grupos de trabalho, que de modo articulado, fazem o levantamento, documentam e publicizam sobre os aspectos da história de Vilhena, levando essas informações para o acesso digital. As ações iniciaram-se em 2020 e perdurarão durante 2021. Segundo o docente, a pandemia tem sido um fator limitante na condução de pesquisas que levariam a histórias inéditas. “A ideia seria passear pelo município, visitar antigos moradores, fazer exposições, mas tudo isso foi limitado pela pandemia”, pontua Juliano.
O projeto visa alcançar todos os cidadãos que possuem interesse na história do município de Vilhena, munícipes ou não. Estudantes, historiadores e pesquisadores podem se beneficiar dos resultados do projeto. O trabalho busca democratizar as informações, além de promover o incentivo pelo estudo da história local. A aluna Lorena Parlotti, do 7º período de Arquitetura e Urbanismo, contou como está sendo participar do projeto. “Eu colaborava com o Juliano faz algum tempo, mesmo antes de a iniciativa se tornar um projeto de extensão. No início a gente só escaneava os jornais antigos da Folha do Sul e Extra de Rondônia. Quando se concretizou como projeto abriu um leque de possibilidades para garantir a história de Vilhena viva e a salvo das deteriorações do tempo de quem pudesse ter em mãos os documentos, as fotos, os jornais, os registros das ruas e edificações. Não sou do município, me mudei apenas para fazer o curso de Arquitetura, mas amo a cidade e me empenho para que essa história esteja acessível a todos. Ainda tem muito a se fazer. Atualmente está sendo gravado um percurso virtual pelos pontos mais interessantes de Vilhena, digitalização de fotos, de projetos da cidade, de jornais, dentre outros documentos”.
O Diretor-Geral do Campus Vilhena, Aremilson Oliveira, relatou que levou a conhecimento do prefeito de Vilhena a ação desenvolvida pelo campus, bem como as demais atividades voltadas à comunidade promovidas pela instituição. Ressaltou a boa receptividade pela gestão do município. “Nosso objetivo é contribuir com a comunidade vilhenense, ofertando um ensino de qualidade, e ainda, desenvolver projetos como esse. Com parcerias e acordos firmados com a Prefeitura, fortalecemos a prestação de serviços públicos em nosso município”, pontuou o gestor.
O material produzido pelo projeto pode ser acessado através de sua página no Instagram e canal no YouTube.
Instagram: https://instagram.com/conhecervha?utm_medium=copy_link
YouTube: https://www.youtube.com/channel/UCqlDUjaSFXzn7polTKkk7aA
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