Projeto de Lei de deputada gera alerta sobre riscos à cobertura vacinal em Rondônia
Este projeto tem gerado debate sobre as implicações para a saúde pública e a cobertura vacinal em Rondônia
Em sessão realizada na última terça-feira (12), na Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa de Rondônia, a deputada estadual Dra. Taíssa (PSC) tentou explicar seu projeto de lei no mínimo controverso. A proposta visa isentar a obrigatoriedade da vacina contra Covid-19 para crianças entre 6 meses e 5 anos, transferindo a decisão de imunizar ou não para os pais ou responsáveis legais. Este projeto tem gerado debate sobre as implicações para a saúde pública e a cobertura vacinal em Rondônia.
Dra. Taíssa argumenta que a medida busca proteger os pais de sanções ou prejuízos, como a perda do Bolsa Família ou dificuldades de matrícula escolar, por optarem contra a vacinação de seus filhos. Contudo, essa perspectiva levanta preocupações significativas quanto ao enfraquecimento das políticas de saúde pública, especialmente em um momento em que o Brasil observa uma preocupante redução em suas taxas de imunização.
Especialistas em saúde e autoridades judiciais reiteram a importância da vacinação infantil, sublinhando que a recusa baseada em convicções pessoais, ideológicas, políticas e religiosas contraria diretrizes sanitárias e compromete o bem-estar coletivo. O Supremo Tribunal Federal (STF) sustenta que, diante da recomendação de imunizantes por autoridades de saúde, não cabe aos pais ou responsáveis sobrepor suas ideologias pessoais ao direito constitucional das crianças à proteção e saúde.
Com a queda contínua da cobertura vacinal — de 73% em 2019 para menos de 59% em 2021, segundo o Ministério da Saúde —, o Brasil enfrenta o ressurgimento de doenças já controladas. Esta tendência alarma especialistas que temem pela segurança sanitária da população, especialmente entre os mais jovens.
A iniciativa da Dra. Taíssa é vista como um desserviço à luta contra a queda da imunização, num país que já foi referência mundial em vacinação. A legislação proposta, ao invés de fortalecer, ameaça comprometer ainda mais a proteção coletiva, em um contexto onde a conscientização e a adesão massiva às campanhas de vacinação são essenciais para a erradicação de enfermidades e a manutenção da saúde pública.
MP e Fiocruz alinham parceria para análise da qualidade da água em comunidades ribeirinhas
Conforme tratativa, trabalhos deverão ser realizados como parte do conjunto de ações do MP Itinerante
Ministro comemora 13 milhões de pessoas fora do mapa da fome
Dados do Fome Zero apontam 20 milhões em insegurança alimentar
Comentários
Vacinação obrigatória ou não deve ser decisão técnica e não por meio de uma lei politiqueira. Será que a deputada não tem mais o que fazer?
Envie Comentários utilizando sua conta do Facebook